Para dois terços dos brasileiros que trabalham de forma remota, são eles os principais responsáveis por manter os dados corporativos seguros e protegidos. Essa foi a resposta majoritária a uma pergunta exclusiva para o mercado brasileiro da pesquisa Unisys Security Index 2021. Realizado há 15 anos, o USI é o estudo global mais longevo sobre preocupações de segurança voltadas ao consumidor em quatro categorias: segurança pessoal, financeira, nacional e na internet.
Dos 65% que acreditam ser os principais responsáveis pela integridade dos dados corporativos, 41% também atribuem essa responsabilidade ao fornecedor de aplicativos, e apenas 21% ao empregador. Não por acaso, o USI apurou que três quartos dos brasileiros (75%) têm medo de clicar em links suspeitos.
No entanto, apenas um terço (33%) afirma estar familiarizado com a ameaça de SIM jacking, golpe no qual o cibercriminoso transfere seu número de telefone para um aparelho que ele controla. Em relação ao phishing de SMS (também conhecido como 'smishing'), ocorrência na qual o golpista envia uma mensagem pedindo informações pessoais ou financeiras, quase seis em cada 10 brasileiros (59%) não conhecem a ameaça. E, ainda, mais de três quartos (76%) dos entrevistados no país não sabem como denunciar os golpes se forem vítimas.
"Esse resultado mostra que grande parte dos brasileiros tem um alto grau de responsabilidade em relação aos dados corporativos com os quais trabalham, mas contrasta com o pouco conhecimento da população sobre os vários tipos de fraudes de segurança digital", afirma Alexis Aguirre, diretor de Cibersegurança da Unisys para a América Latina. "Fica evidente, portanto, que além de se investir em tecnologia, é fundamental capacitar as pessoas, pois em geral os usuários são a porta de entrada por onde os cibercriminosos focam suas ações, especialmente utilizando-se de técnicas de engenharia social", acrescenta.
Em segundo lugar, o brasileiro atribui ao provedor do aplicativo que o funcionário usa a responsabilidade em manter os dados protegidos e seguros, com 48%. Em terceiro, com 41%, os pesquisados no Brasil acreditam que a segurança digital no trabalho remoto seja incumbência do provedor de serviços de internet ou nuvem. O empregador ficou com 23% e, por último, o governo, com apenas 5%.