Uma das grandes preocupações, quando se fala em datacenters, é o consumo elevado de água empregada para o resfriamento do maquinário. Em média, um datacenter consome entre 11 e 20 milhões de litros de água por dia, comparável ao uso diário de uma cidade com 30 a 50 mil habitantes. A água tem a capacidade de absorver e dissipar calor de maneira mais eficiente para o melhor desempenho e a vida útil dos equipamentos nos Centros de Processamento de Dados (CPDs).
Preocupadas com esses custos ambientais elevados, chamados de "custo invisível da Inteligência Artificial" e a escassez hídrica, alguns datacenters têm contratado empresas especializadas na implementação de sistemas de reuso. A iniciativa se traduz em ganhos financeiros na economia das contas de água pagas às concessionárias e, por consequência, o enquadramento nos padrões ESG com soluções ambientais e sociais para a empresa.
O Grupo Opersan, que atua há mais de 35 anos no Brasil, instala e opera sistemas de tratamento de efluentes e de reúso de água. Focado em diversos segmentos da indústria, o grupo aposta que, com a crescente inovação do uso de tecnologias em todas as frentes, haja também uma grande preocupação com o consumo elevado de água, para manter os sistemas operando. Com isso, as soluções que envolvem o reúso serão cada vez mais protagonistas e competitivas.
Vale destacar que as projeções para o segmento de datacenters no Brasil são cada vez mais otimistas. Atualmente, o valor de mercado está em US$ 4,6 bilhões, mas a expectativa é de que, para 2028, o setor alcance a cifra de US$ 6,5 bilhões. "O crescimento dos datacenters no Brasil é importante para a nossa economia. Com os sistemas de reúso, o alto consumo de água é mitigado. Esse tipo de ação ESG, além de reduzir significativamente os impactos ambientais e custos operacionais, proporciona uma melhor qualidade do recurso para o uso industrial", destaca Diogo Taranto, diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo Opersan.
O Brasil já conta com a presença de grandes provedores de serviços em nuvem, como Amazon Web Services, Microsoft e Google, e São Paulo se destaca como o principal polo de investimentos em datacenters no país. Esse é o caso de uns dos grandes e importantes clientes do Grupo Opersan, que está instalado nas cidades de Paulínia e Jundiaí, e, desde 2021, utiliza os sistemas de tratamento para diversas finalidades.
Nesse cliente, o grupo realiza o tratamento de água industrial, desde a entrada da concessionária até os pontos de resfriamento. Além disso, é responsável pelo tratamento de água de chuva, das calhas dos telhados até os reservatórios de reúso. A Opersan opera, também, o sistema de esgoto sanitário, da sua geração nos prédios até o descarte na rede da concessionária, incluindo análises laboratoriais, sistema de água de incêndio e, por fim, a drenagem dos sistemas de água industrial, a partir de uma lagoa de detenção.
Sobre as vantagens para as empresas que contratam o serviço, Taranto afirma que, com a implementação dos sistemas da Opersan, "valores significativos são economizados na conta de água e a qualidade do recurso hídrico acaba sendo superior à fornecida pela rede das concessionárias".
"Estudos apontam que a indústria é responsável por 20% do consumo de água no Brasil. Ano após ano, vemos mais empresas buscando aprimorar seus princípios ESG e o nosso objetivo é permitir que elas tenham foco total em sua atividade-fim, deixando sob nossa responsabilidade a operação e acompanhamento diário da estação de tratamento e reúso de água", conclui o executivo.