A operação de abertura de capital do Skype não deve acontecer antes do segundo semestre. Ao contrário das expectativas do mercado, que esperavam que a oferta pública inicial de açõeso (IPO) ocorreria ainda neste trimestre, fontes ligadas à empresa informam ao The Wall Street Journal que o mais cedo que a companhia pretende fazer o IPO será em julho.
Em agosto do ano passado, o Skype enviou um documento à Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos, em que comunicava seu interesse em se tornar uma empresa pública e arrecadar US$ 100 milhões por meio da operação. O documento ainda não havia sido aprovado pela SEC quando, um mês depois, em outubro, o Skype anunciou a contratação de Tony Bates, ex-executivo da Cisco, como novo executivo-chefe (CEO) – veja mais informações em "links relacionados" abaixo.
A contratação de Bates, segundo as fontes ouvidas pelo jornal americano, foi um dos principais motivos para o atraso do IPO, visto que a empresa ainda passa por um período de reorganização interna. Outro motivo apontado pelo Skype, segundo as pessoas próximas ao assunto, é o "momento econômico de incertezas".
A empresa de telefonia via internet teme que o mercado de IPOs enfraqueça durante sua operação de abertura de capital, o que diminuiria o valor de mercado da empresa. Segundo uma das fontes, o IPO só será feito "quando Tony já tiver entendido os negócios da companhia. A intenção é ir apenas quando ele estiver pronto e quando o clima macroeconômico se establizar".
Ainda há, porém, especulações de que o Skype ainda não conseguiu encontrar a fórmula exata para monetizar sua operação e apresentar maior lucratividade. No documento enviado à SEC em agosto, o Skype declarou valer US$ 2,9 bilhões, baseando-se no lucro líquido de US$ 13 milhões e na receita líquida de US$ 406 milhões, apurados no primeiro semestre do ano passado. No mesmo período do ano anterior, a companhia registrou lucro de US$ 22,5 milhões, 73% maior, mas a receita líquida totalizou US$ 324,8 milhões, 25% menor.
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