O uso de tecnologias de computação pessoal no local de trabalho para fins comerciais no Brasil – a chamada consumerização de TI – já é maior do que em muitos países da Europa. Pesquisa encomendada à Wakefield Research pela Avanade, fornecedora soluções de tecnologia e negócios e serviços gerenciados, revela que 97% dos empregados brasileiros utilizam dispositivos móveis na empresa, como smartphones, tablets, laptops e outros. O índice também é maior que nos Estados Unidos, onde 89% usam essas tecnologias. Mundialmente, 88% dos executivos relatam que os funcionários já estão usando suas próprias tecnologias pessoais para propósitos profissionais.
O boom na utilização de tablets em todo o mundo e também no Brasil pode ser notado quando os executivos foram questionados sobre permitir aos usuários levarem seus dispositivos pessoais para o trabalho – 91% das empresas permitem qualquer equipamento, possuem uma lista de dispositivos aprovados ou fornecem tablets para seus funcionários no país. Além disso, 65% dos entrevistados relataram que a consumerização de TI é prioridade-chave para a sua organização, sendo que, na média, as empresas estão alocando 25% de seus orçamentos de TI para gerenciar a consumerização e 60% das empresas já está adaptando suas infraestruturas de TI para acomodar as tecnologias pessoais dos funcionários.
O estudo coloca por terra o mito de que esses dispositivos estão sendo usados para verificar e-mails ou navegar em redes sociais. Segundo o levantamento, os funcionários evoluíram para além de simples consumidores de conteúdo e estão cada vez mais utilizando aplicativos empresariais de missão crítica. A prova disso é que quando os executivos foram perguntados quais aplicativos e serviços os funcionários estavam usando, 45% citaram ferramentas de gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM), 44% falaram sobre os aplicativos para registro de tempo de trabalho e despesas (44%), e outros 38% mencionaram as soluções de planejamento de recursos empresariais (ERP).
Os executivos também afirmaram que as principais preocupações associadas com o uso corporativo de dispositivos pessoais são os riscos potenciais para brechas de segurança (66 por cento) e os dados não gerenciados (37%). O Brasil segue a tendência global, com 70% e 30%, respectivamente.
Para a pesquisa, foram entrevistados 605 executivos de TI em 17 países – Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Cingapura, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Itália, Noruega, Suécia, Suíça e do Reino Unido.