No Brasil, 45% das pessoas das classes D e E têm celular

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No Brasil, 45% das pessoas das classes C e D possuem um celular e outros 54% já fizeram uso do aparelho. O resultado indica que o uso da telefonia móvel nas classes mais baixas é maior do que o da telefonia fixa, que tem penetração de apenas 12% nessa faixa, segundo dados de uma pesquisa da Ipsos encomendada pela Ericsson.
O estudo revelou ainda que a penetração de computador e internet nas residências das pessoas de baixa renda ainda é pequena, sendo que 6% têm acesso a computador e 3%, conexão à internet. No entanto, o uso está mais democratizado: 31% já usaram um computador e 25% já acessaram a web. Em relação às pessoas que já utilizaram PCs, 81% destas acessaram a internet.
O baixo número de pessoas que possuem computador se deve aos altos preços dos equipamentos, enquanto que a falta de conexão à internet está atrelada à não disponibilidade de computadores nas residências.
O acesso da população das classes C e D ao computador e web se dá tanto na escola quanto em centros públicos de uso pago. Segundo a pesquisa, a lan house é o maior ponto de contato do usuário com a internet.
A utilização da internet se dá especialmente para comunicação pessoal, profissional ou para acessar mecanismos de buscas/informação. Essas funções são acessadas quase que diariamente. Compartilhamento de arquivos, comércio eletrônico, acesso/produção de blogs ou sites e uso de softwares, porém, ainda são serviços e funções muito distantes dessa população.
Em relação à telefonia móvel, a característica predominante do uso do celular nas classes D e E resumem-se a um aparelho pré-pago, sem acesso à internet, compartilhado com outras pessoas e que basicamente é utilizado apenas para receber chamada ou enviar e receber mensagens de texto (SMS).
De acordo com o estudo, 65,6% demoram ao menos cinco anos para trocar de terminal, devido a baixa renda e o desconhecimento das inovações tecnológicas. Assim, o celular acaba sendo a porta de entrada para a inclusão ao mundo digital, ainda que as pessoas de baixa renda não façam questão de usufruir de todas as funcionalidades disponíveis, por terem pouca familiaridade com elas.
Para a pesquisa, foram entrevistadas 700 pessoas das classes D e E, em todo o país.

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