A Sharp admitiu estar em busca de novas maneiras para levantar fundos para melhorar seu caixa depois de ver fracassar as negociações de venda de parte de suas ações à chinesa Foxconn, por meio da Hon Hai Indústria de Precisão, divisão responsável pela montagem de eletrônicos. O fim do prazo para a operação, que injetaria mais de US$ 800 milhões na fabricante japonesa de painéis de tela plana, expirou sem que elas conseguissem chegar a um acordo sobre o percentual acionário e o valor de cada ação.
Logo após a divulgação do plano que daria 10% de participação na companhia à Foxconn, elas divulgaram informações contraditórias e expuseram a delicadanegociação. O resultado foi a desistência da chinesa, que mesmo assim vem sendo sondada por executivos da Sharp para futuras parcerias. "Ainda continuaremos a conversar com a Hon Hai, mas olharemos todos os métodos possíveis de levantamento de fundos", afirmou Miyuki Nakayama, da Sharp, ao The Wall Street Journal.
Em nota, a Hon Hai não forneceu detalhes sobre as negociações. "Não somos capazes, nesse momento, de fornecer nenhum tipo de atualização sobre o status das discussões internas com a Sharp. Podemos dizer, contudo, que essas conversas são contínuas e não são guiadas por nenhum cronograma ou prazo", afirma a companhia.
Somados os dois últimos anos fiscais da Sharp, o prejuízo da companhia já acumula US$ 9 bilhões. Os juros em cima de dívidas continuam a subir, e a fabricante antecipou que, devido a essas dificuldades financeiras, revisará a quantia despendida ao desenvolvimento de novas tecnologias.