Dois players do mercado de cibersegurança no Brasil, a Virtù Tecnológica e a Vantix Cibersegurança, uniram forças para criar a Viva Security. Os sócios do negócio, Fábio Zanin, da Virtù, e o CEO da Vantix, Fabrizio Alves, ressaltam que a joint venture surge para enfrentar o que citam como quatro grandes desafios da cibersegurança, atualmente: as ameaças emergentes, a realidade de um mundo híbrido, a escassez de talentos e a cadeia de fornecedores.
As ameaças emergentes reúnem a constante sofisticação dos ataques. Já o mundo híbrido decorre da migração de trabalhos e tarefas para o meio remoto e para a nuvem, e ainda a internet das coisas. Na escassez de talentos, o desafio é ampliar quadros de profissionais qualificados para lidarem com segurança cibernética. Por fim, a cadeia de fornecedores, por envolver terceiros, amplia riscos. Neste caso, eventos estão causando 13 vezes mais danos e tornando o suporte mais complexo.
Diante de cenários como esse, levantamento do Enterprise Strategy Group (ESG), sobre as intenções de gastos com tecnologia para 2023, indica que 66% dos profissionais seniores de tecnologia da informação (TI) projetam aumento de gastos com segurança cibernética ao longo deste ano. Frente a essa necessidade urgente, a Viva Security vem para tornar as soluções mais acessíveis, reiteram os fundadores.
A Virtù Tecnológica nasceu em 2011, quando as tecnologias da informação se consolidavam como vantagem competitiva nas organizações. O foco da empresa estava na prestação de consultoria e serviços em TI, com vistas a ganhos em produtividade, redução de custos e, sobretudo, segurança.
O portfólio em cibersegurança da Virtù inclui soluções reconhecidas no mercado, entre elas, o Cymulate, que mensura a postura cibernética das empresas, e o Firemon, também de prevenção e combate a ataques. O Firemon, lançado em 2014, está em sua nona versão. Há ainda o Salt Security (segurança de APIs) e o Veracode (desenvolvimento seguro).
Por sua vez, a Vantix Cibersegurança foi fundada em 2005, quando a internet comercial no Brasil funcionava há pouco mais de dez anos. Nos quase dois decênios, a empresa se especializou em métodos de "imunização", isto é, de prevenção a ataques cibernéticos, mas também oferecendo soluções para quando tais ataques acontecem.
No mercado, a empresa se destacou, entre outros atributos, pelo lançamento do Centro de Operações de Segurança (SOC). Em um mesmo ambiente, combinam-se recursos humanos qualificados com tecnologia de ponta. Com isso, há eficiência na missão de detectar, analisar, proteger e responder a ataques a dados das organizações clientes.