Em um mundo em que a competitividade industrial depende cada vez mais da rapidez e precisão nas tomadas de decisões, otimizar a manufatura tornou se um aspecto essencial. Para se ter uma ideia, apenas no Brasil, em 2024, a indústria respondeu por quase 25% do PIB nacional, empregando mais de 11,5 milhões de trabalhadores formais, de acordo com o Portal da Indústria.
Nesse contexto, a arquitetura integrada tem se mostrado uma ferramenta chave no uso estratégico da tecnologia na indústria. Conectar os sistemas e transformar as operações de chão de fábrica, utilizando dados em tempo real, têm demonstrado na prática aumento da eficiência, redução de custos e mitigação de riscos.
A caminho da digitalização
Na América Latina, a arquitetura integrada é uma tendência cada vez mais forte, pois impulsiona, de maneira orgânica, a transformação digital, permitindo que as indústrias adotem tecnologias como Inteligência Artificial (IA), Machine Learning e IoT industrial (Internet das Coisas) de forma eficiente e escalável. Com esta digitalização, as empresas conseguem conectar dados operacionais em tempo real com sistemas de análise e automação, oferecendo total visibilidade sobre os processos produtivos. Como resultado, graças a este compromisso, o tempo improdutivo não planejado pode ser reduzido em até 50%.
A IA especificamente, por sua vez, otimiza a análise de grandes volumes de dados, antecipa falhas e melhora a eficiência operacional. Isso não só aumenta a competitividade, ao implementar uma abordagem modular e escalável, mas também facilita a inovação e garante maior segurança cibernética, protegendo as redes industriais contra possíveis ameaças.
Resultados comprovados
Um exemplo claro desta transformação observa-se no setor automotivo, cujas empresas têm a oportunidade de implementar soluções que conectem as suas linhas de montagem a sistemas de informação em tempo real. Ao integrar sensores de temperatura e pressão em suas máquinas, a planta de produção pode ajustar instantaneamente os parâmetros operacionais, reduzindo significativamente o tempo de inatividade e melhorando a qualidade do produto final.
Da mesma forma, empresas do setor alimentício também podem se beneficiar da otimização de seus processos de fabricação, por meio de uma rede de sensores interligados que monitoram cada etapa da produção, desde a mistura dos ingredientes até a embalagem final, sendo a arquitetura integrada o motor desta revolução. Ela permite um controle mais preciso das condições de fabricação, o que se traduz em produtos mais consistentes, bem como em uma redução drástica do desperdício de matéria-prima.
Esse cenário endossa a atenção que as empresas devem dar ao emprego de tecnologia na indústria. Além de permitir respostas ágeis a imprevistos, ela chega como uma grande oportunidade de reduzir o tempo de inatividade e otimizar a competitividade global. Afinal, conectar máquinas, sistemas e dados em uma única plataforma está em ascensão, como alternativa viável e rentável de transformar profundamente a manufatura.
Renato Luciano, Gerente Comercial da Rockwell Automation para a América Latina.