Cerca de 25 empresas internacionais, que contratam serviços globais de call center para clientes espalhados pelo mundo, estão no Brasil para conhecer a indústria no País. Elas vieram para participar do seminário Contact Center Offshore Brazil, realizado em São Paulo, e que promoveu nesta quinta-feira, dia 27/04, uma rodada de negócios com operadoras nacionais.
O seminário foi organizado pelo Instituto de Telemarketing, Associação Brasileira de Telesserviços em parceria com a empresa canadense Summit Circuit, para estimular a exportação de serviços de call center. Cerca de 15 operadoras de call centers, sendo a maioria nacional, estiveram no evento.
Três operadoras brasileiras participaram das rodadas de negócios. São elas, a mineira ACS, do do grupo Algar; a Montana, de Brasília, e a paulistana Proxis. As três afirmam que estão preparadas para vender serviços ao exterior. Mas, por enquanto, somente a ACS tem clientes fora do País.
Valéria Blanco, gerente de soluções e desenvolvimento organizacional da Montana, informou que a sua empresa tem interesse em operar com offshore, mas desde que o contrato seja de ganha-ganha. A executiva afirma que não quer ser contratada apenas porque oferece mão-de-obra a preço competitivo, mas por ter solução que agrega valor.
?O Brasil tem que vender a imagem de que presta serviços com diferencial e não que possui mão-de-obra barata. Temos qualidade e sabemos fazer bem serviços de call center?, diz Valéria.
Brasil no radar internacional
Erica Towson, gerente da organizadora de eventos canadense Summit Circuit International, afirmou que ficou impressionada com a indústria brasileira de call center e com quantidade de posições de atendimento (PAs) existente no País.
De acordo com dados da Datamonitor, o Brasil conta com cerca de 300 mil PAs e emprega mais de 600 mil profissonais. ?Há dois anos o Brasil não estava no nosso radar. Hoje percebemos que o País é a jóia escondida da América Latina?, afirma a executiva.