Febraban apresenta prova de conceito para adoção de blockchain pelos bancos

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A Febraban – Federação Brasileira de Bancos apresentou nesta quinta-feira, 27, a primeira prova de conceito do uso de tecnologia de blockchain entre bancos brasileiros, em envolvendo o Bradesco, Banco Itaú e a B3 (a nova empresa resultando a fusão da BMF-Bovespa e Cetip) simulando uma operação de uso de cadastro compartilhado entre as três instituições, usando a plataforma Corda e o conceito de DLT (distributed ledger).

O estudo da adoção do blockchain começou no final do ano passado, quando a entidade criou um comitê de inovação, formado pelos bancos do Brasil, Bancoob, Banrisul . Bradesco, BTG Pactual, Caixa, Citibank, Itaú Unibanco, JP Morgan, Safra, Santander, Sicoob e pela CIP, B3  e Banco Central.

Adilson Fernandes da Conceição, coordenador do grupo de trabalho Blockchain da Febraban, explica que do final do ano até fevereiro se  envolveram em se aprofundar e nivelar conhecimento entre os participantes; em seguida começaram as estudar as plataformas de tecnologia e estudar cases dos bancos no exterior, como do JP Morgan de Londres.

Em seguida, a 3B, Itaú e Bradesco  desenvolveram em apenas dois meses e meio a prova de conceito (POC) que foi apresentado, ao vivo, nesta quinta-feira aos participantes do evento promovido pela Febraban. "O próximo passo, é desenvolver uma POC envolvendo todos os bancos participantes do comitê de inovação, dessa vez com a plataforma aberta Hyperledge,  que roda na nuvem da IBM, que será apresentado no CIAB, de 6 a 8 junho próximo", explica Keiji Sakai, diretor de TI da B3, membro do GT da Febraban e da organização do CIAB.

Segundo os executivos, o blockchain pelo seu potencial de inovação para criação de serviços financeiros, está despertando a atenção da alta direção de bancos, que acompanha de perto os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pela Febraban. Uma tecnologia que precisa provar sua viabilidade, pois o Brasil tem protagonismo na tecnologia bancária, com um nível de maturidade não atingida por outros países, motivo pela qual vem sendo encarada como uma oportunidade de desenvolvimento de modelos de negócios inovadores.

POC

Na POC apresentada, a instituição financeira que deseja compartilhar o cadastro registra os dados, com autorização do cliente, em um ambiente distribuído e pode optar em compartilhar as informações  com um, vários ou todos os participantes da plataforma, diferente do modelo atual de banco de dados centralizados.

Conceição ressalta que o blockchain pode trazer eficiência operacional, como a eliminação de processos de conciliação, propiciando redução de custos, transparência para os órgãos reguladores, diminuição de liquidação financeira, entre outros benefícios. O grupo pretende continuar desenvolvendo novos projetos,  testando outras plataformas de blockchain.

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