A retomada das atividades econômicas consolida o home office como parte integrante do novo modelo de trabalho pós pandemia, mesmo que ela não tenha acabado, exigindo cuidados com a proteção pessoal.
Boa parte das empresas já decidiu por manter definitivamente o ambiente de trabalho híbrido, o que impulsiona a colaboração interdepartamental entre a TI e as demais as equipes internas e externas.
Outro aspecto é a reordenação da ocupação dos espaços no trabalho híbrido, uma vez que as estações que foram deixadas livres pelos seus titulares – que ficam no home office – poderão ser ocupadas por outras pessoas que buscam se acomodar dentro do ambiente físico de trabalho, segundo suas preferências.
Com esta alternância entre entre as dependências das empresas e o home office, os espaços internos acabam sendo subutilizados em boa parte do tempo, ou sendo ocupados por outras pessoas, que acabam migrando de lugar e "tomam posse" das posições "ociosas", mas com melhor posicionamento segundo suas preferências para o trabalho. Esta movimentação exige atenção da TI na hora de se garantir a gestão dos acessos aos endpoints utilizados por várias pessoas, além das "titulares".
Com a paralisação do trabalho presencial, o trabalho remoto tornou-se a única opção, resultando no aumento do uso de ferramentas de gestão remota de endpoints com o acesso aos locais de moradia dos funcionários. Agora a realidade é outra e estas estações de trabalho estão em diferentes lugares, seja na casa do funcionário ou internamente nas instalações das empresas.
Agora, com o trabalho híbrido, os funcionários têm a flexibilidade e a conveniência de escolher onde trabalhar e isso abre muitos desafios para as equipes de entrega de serviços, como TI, RH, operações e instalações. Com isso, as empresas devem garantir que as suas equipes possam ser capazes de trocar dados e fluxos de trabalho correta e seguramente para proporcionar uma experiência tranquila no trabalho híbrido e, assim, a proteção dos sistemas e dados de negócios. Para isso, é necessário fortalecer a interoperabilidade entre as áreas de TI e o trabalho remoto.
O problema é que muitas empresas ainda podem ainda depender de ferramentas legadas e muito díspares entre si e nem sempre capazes de possibilitar gerenciar corretamente seus processos organizacionais.
Para isso funcionar bem, podemos citar três aspectos que devem ser levados no plano de gestão dos ativos de sistemas e dados no ambiente híbrido:
1 – Controle do acesso às estações de trabalho por usuários titulares e não titulares
2 – Gerenciamento dos privilégios de acesso a sistemas nos espaços de trabalho interno e externos
3 – Gestão do tempo de atividade e inatividade das estações de trabalho internos e externos
4 – Integração e colaboração com a área de gestão de instalações
A área de TI necessita manter a infraestrutura de estações de trabalho controlada e saber identificar quais áreas das instalações internas do escritório possuem acesso físico controlado. Isso ajuda a manter as redes localizadas e os ativos dentro de um ambiente seguro.
A pandemia serviu como um teste decisivo para o plano de continuidade de negócios das empresas e a TI necessita ter suas operações garantidas para realizar o seu trabalho de apoio ao ambiente híbrido.
Podem contribuir com esta tarefa, as equipes de TI podem contar com as plataformas de gerenciamento de serviços corporativos (ESM – Enterprise Service Management), usualmente como parte de uma solução de service desk de alto desempenho e que permitem consolidando seus esforços de entrega de serviços em um único ambiente tecnológico e oferecendo uma experiência consistente aos usuários em todos os departamentos e facilitando a colaboração.
Exemplo prático: este tipo de solução centralizada atua como um meio de comunicação entre a equipe de TI e de instalações da empresa, possibilitando que coordenem seus processos juntos, simplificando sua colaboração. Por exemplo, quando a equipe de TI terminar de configurar a estação de trabalho para um funcionário que optou ou foi designado para trabalho presencial, um ticket pode ser gerado na instância do service desk da área de instalações para que esta possa preparar o espaço de trabalho e validar o acesso para o colaborador.
Embora se torne significativamente mais fácil registrar, rastrear e fornecer serviços com uma ferramenta ESM, as equipes de gerenciamento de instalações ainda precisam de uma ferramenta para registrar e gerenciar o campus da organização. E assim como a TI depende da equipe de instalações, outras equipes que não são de TI também dependem das instalações para seus próprios projetos. Portanto, um módulo de gerenciamento de espaço capaz construído diretamente na plataforma ESM pode ajudar as equipes de instalações a auxiliar melhor outras equipes.
Dyogo Junqueira, especialista em Gestão de TI e Vice Presidente da ACSoftware, parceira ManageEngine no Brasil.