No ano passado, o comércio eletrônico brasileiro movimentou aproximadamente US$ 190 bilhões em transações financeiras, segundo dados da 11ª edição da Pesquisa de Comércio Eletrônico no mercado brasileiro, realizada pelo Centro de Tecnologia e Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV).
Deste total, US$ 140 bilhões foram provenientes de negócios entre empresas (B2B), o que representou um crescimento de 18% na comparação com 2007. Já as transações entre empresas e consumidores (B2C), totalizaram US$ 50 bilhões, o que significou alta de 31%.
De acordo com o estudo, o valor transacionado no comércio eletrônico entre empresas representa cerca de 58,32% do mercado total, enquanto que os negócios entre empresas e consumidores respondem por 25,12%. Os números representam um incremento no e-commerce em relação a 2007, já que eram de cerca de 50% e de 20%, respectivamente.
O relatório da FGV revela que as empresas investem, em média, cerca de 1,34% da receita líquida em comércio eletrônico, sendo que no setor de indústria esse percentual é de 0,41%, enquanto que no de serviços e comércio são de 1,98% e 1,29%, respectivamente.
Segundo Alberto Luiz Albertin, professor da FGV e coordenador do estudo, para os padrões da pesquisa, o comércio eletrônico é considerado qualquer forma de utilização de meios digitais para a realização de negócios, não necessariamente envolvendo valores financeiros.
Levando essa definição em consideração, ele observa que 65,12% dos pedidos, de modo geral, recebidos pelas empresas ocorreu por meio eletrônico, enquanto que as solicitações específicas de suprimentos ficou em 39,19%.
Ainda de acordo com a pesquisa, os cinco principais itens citados pelas empresas para se ter sucesso no e-commerce são, pela ordem, o bom relacionamento com o cliente, privacidade e segurança, adesão do cliente à plataforma de e-commerce, alinhamento estratégico e adequação organizacional e tecnológica.
A pesquisa foi realizada com 434 empresas, tanto nacionais como multinacionais, de diveros setores da economia.
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