O cofundador e CEO do Snapchat, Evan Spiegel, na terça-feira, 26, que a companhia planeja realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), mas não especificou quando isso acontecerá nem quanto imagina levantar com a abertura de capital. Recentemente, o aplicativo de compartilhamento de fotos e vídeos foi avaliado em US$ 15 bilhões, após receber um aporte de US$ 200 milhões do gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba. Em 2013, o Snapchat recusou uma oferta de compra, de US$ 3 bilhões, feita pelo Facebook.
Esta foi a primeira vez que o CEO reconheceu publicamente a possibilidade de um IPO. Em operação há quatro anos, o Snapchat agora está entre os serviços de redes sociais mais populares do mundo. Spiegel revelou que o app está se aproximando de 100 milhões de usuários diários. Segundo ele, mais de 65% desses usuários estão criando conteúdo no app.
O Snapchat nunca divulgou o número oficial de usuários. Em agosto do ano passado, o serviço contava com mais de 100 milhões de usuários no total, incluindo aqueles que não fazem login diário para acessar o app. O líder das redes sociais, o Facebook, tinha 936 milhões de usuários diários, em média, em março, e o Twitter diz que quase a metade de seus 300 milhões de usuários mensais se conectam ao site todos os dias.
Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal dizem que a divulgação do número de usuários pelo Snapchat tem como objetivo despertar o interesse de anunciantes. Nos últimos meses, a empresa começou a vender anúncios e, eventualmente, segundo Spiegel, poderá lançar um autosserviço para venda de anúncios. "A empresa irá, eventualmente, desenvolver fontes de receita além da venda de anúncios", disse o CEO. "Grandes empresas têm múltiplas formas de receita.".
O Snapchat tem trabalhado para transformar seu aplicativo de mensagens em um negócio rentável, depois de levantar mais de US$ 800 milhões com um grupo diversificado de investidores. Com forte apelo entre adolescentes, o Snapchat pretende ir além de mensagens e se tornar um negócio de mídia de próxima geração, disse Spiegel. A empresa fez uma parceria com empresas de mídia, incluindo ESPN e o serviço Discover, do Yahoo, que mostra artigos de notícias e vídeos que desaparecem depois de um dia.