A receita da telefonia celular na Índia foi de US$ 8,95 bilhões em 2006 e a previsão é que a taxa anual de crescimento desse mercado naquele país alcance 18,4% até 2001, totalizando US$ 25,6 bilhões, de acordo com estudo recém-divulgado pelo Gartner.
Segundo o instituto de pesquisas, o tráfego de dados representará 22% desse valor em 2011, contra os 9,6% registrados em 2006. A empresa projeta, ainda, que a Índia continuará a ser o país da região Ásia-Pacífico com o crescimento mais rápido na telefonia móvel depois da China e deve ser tornar um mercado mais dinâmico com a entrada no país da Vodafone.
De acordo com o analista sênior de pesquisas do Gartner, Madhusudan Gupta, os usuários com consumo mais marginal, que formam volume de mercado, os custos baixos do serviço e os aparelhos mais baratos ajudarão destravar e facilitarão a adoção de serviços móveis.
?As tarifas reduziram significativamente, para aproximadamente 2,6 centavos de dólar o minuto. Entretanto, elas ainda permanecem altas quando comparadas às tarifas da telefonia fixa, cujo preço é de 0,9 centavos de dólar o minuto. A expectativa é que os preços caiam ainda mais e se tornem mais competitivos com as linhas fixas. Essa tendência, adicionada ao mercado emergente de handset e a iniciativa dos fabricantes de aparelhos e operadoras, também contribuirá para impulsionar a adoção de serviços móveis nas províncias indianas semi-urbanas e rurais?, diz Gupta.
A penetração da telefonia móvel nas regiões rurais na Índia é de menos de 2%, o que, segundo o Gartner, representa uma oportunidade imensa para as operadoras de celular. Os fabricantes de telefones, conseqüentemente, estão concentrando o foco no lançamento de aparelhos por menos de US$ 25.
Segundo o Gartner, os negócios estão expandindo nas grandes cidades e nas cidades menores onde as linhas fixas são limitadas e frequentemente são inexistentes. ?As empresas usarão os serviços móveis para comunicação intra e inter-company?, diz Gupta. Segundo ele os planos de serviços para empresas oferecidos pelas operadoras de telefonia móvel se tornem mais difundidos, independentemente das distâncias a serem cobertas. ?Isso deve ser um grande incentivo para que as companhias usem telefones móveis, e não somente porque as tarifas são comparáveis às das linhas fixas, mas também por causa do benefício que a mobilidade dá a seus empregados.?
Com base nesses fatores, o Gartner projeta que a penetração de celulares no mercado indiano deve aumentar de 12,7%, em 2006, para 38,6% em 2011. Esse crescimento da penetração será decorrente, num primeiro momento, do foco das operadoras nas regiões rurais, por promoções agressivas e por pacotes ofertas de serviços. Para 2011, o Gartner estima que 58% da população rural e 95% da população urbana serão atendidas por redes móveis.
As receitas com serviços de dados, segundo o instituto de pesquisas, irão contribuir significativamente para o crescimento geral da telefonia móvel na Índia, com a taxa de crescimento anual composta de 36,8% até 2011. A expectativa é que os usuários de serviços pré-pagos adotem os serviços de dados mais rapidamente que os assinantes de serviços pós-pagos. As receitas com o segmento pré-pago devem ter uma taxa de crescimento anual composta de 46% nos próximos quatro anos, ante 22% do segmento pós-pago.
A conclusão de Gupta é que a intensificação da competição e a liberação do espectro para a 3G ajudarão a construir uma ponte para reduzir o gap gerado por causa das baixas tarifas de voz e os subsídios de aparelhos. ?A liberação de 3G será essencial para sustentar o crescimento do mercado de telefonia móvel.?