Painel discute adequação da LGPD nas plataformas de relacionamento

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No último painel da quarta edição do Data Protection Digital Fórum, nesta quinta-feira, 26, um tema importante tomou lugar: a interseção entre as plataformas de relacionamento é a LGPD. Hoje não se concebe mais o comércio de bens e serviços sem a importante ajuda da internet, especialmente durante o longo período de pandemia que nos afetou no último ano e meio.

O e-Commerce e o atendimento remoto que já vinham escalando em proporção a anos anteriores, tiveram um impulso significativo. No meio deste crescimento muitas ferramentas de automação passaram a representar um importante auxílio para o atendimento da demanda.

Como usar a tecnologia e boas práticas para garantir a privacidade nas transações com o consumidor?

Para Cassiano Maschio, diretor comercial e de marketing da Inbenta Brasil, os bots tiveram um papel fundamental na automação inteligente dos processos neste período, mas com a entrada em vigor da LGPD muito do que a lei prevê está diretamente ligada a esta atividade.

"para que a correta automação inteligente ocorra é necessário ficar atento aos dados coletados, porquê, para quê e por quanto tempo serão utilizados, como o usuário pode revogar esta autorização e quais os critérios e métodos são utilizados para tomada de decisão automatizadas?" elencou.

Como salientou, ao mesmo tempo que a tecnologia pode acarretar riscos aos dados, ela também traz as soluções necessárias utilizando-se de IA simbólica com possibilidade de explicabilidade, algoritmos transparentes e uso de ferramentas especiais para ofuscamento de dados, ajustes de matching e dashboards e logs acessíveis.

"Na interface ou nos logs é possível a intervenção para compliance e ajustar-se às demandas da legislação, principalmente para preservação da privacidade e também para mitigação de riscos", disse.

Mike Reyes, diretor internacional AL e Europa da Voci, provedora de tecnologia e parceira da Inbenta, pontuou que são várias as camadas protetivas embutidas na ferramenta para detecção de fraudes, contenção de riscos, e identificação de ataques maliciosos. "Estamos atentos a isso com muito cuidado, visto que nossas soluções lidam com dados sensíveis em muitos países e dessa forma atentos também ao compliance das leis que regulamentam a aplicabilidade dos dados".

Ele salienta que o futuro dessas interações se dará num futuro próximo por meio de voz (voice recognition) que é individual e intransferível assim como é o DNA das pessoas.  "Essas funções mais sofisticadas estão no panorama de muitas grandes empresas como os bancos e da mesma forma sujeitas às regulações", disse.

Maschio ainda pontuou que as regulações existem para proteger as pessoas da mesma forma que tecnologia de IA para Machine Learning tem um campo vasto de crescimento  como uma "tela em branco" , a relação entre ambas nunca poderá ser de cerceamento, mas de ajuda e crescimento mútuos em benefício dos usuários.

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