Uma empresa que chega aonde a iniciativa privada não vai. Foi assim que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, definiu a importância do papel da Telebras durante a visita ao Centro de Operações Espaciais Principal (Cope-P), ao lado do presidente Lula, na manhã desta terça-feira (27).
"A Telebras é, acima de tudo, do povo brasileiro. E ela tem um papel crucial: levar acesso à internet justamente onde a iniciativa privada não chega, aos lugares mais longínquos deste país, à população mais pobre e que mais precisa, assumindo seu papel essencial como empresa pública. Essa empresa será fundamental para promover a inclusão digital e a soberania nacional", disse Juscelino Filho.
A estatal, vinculada ao Ministério das Comunicações, promove as políticas públicas de inclusão digital do governo federal e atende às demandas de soluções em serviços de conexão para a administração pública. Também atua estimulando o desenvolvimento do mercado de telecomunicações ao fornecer infraestrutura para internet banda larga aos provedores regionais, o que estimula as economias regionais e fomenta a concorrência no setor de telecomunicações.
"Quando assumimos, encontramos a Telebras sucateada e negligenciada, prestes a ser entregue à iniciativa privada. No entanto, sob a liderança visionária do presidente Lula, retiramos a Telebras do plano de privatização e estamos trabalhando incansavelmente para transformá-la em uma empresa forte, lucrativa e, acima de tudo, uma referência em fornecer soluções tecnológicas e de conexão para o governo e para os brasileiros", afirmou o ministro.
Juscelino destacou, ainda, que a Telebras leva internet para onde não chega fibra ótica e onde o setor privado não vê viabilidade de investimento. "Essa é uma iniciativa do Novo Gesac, um programa do Ministério das Comunicações que, sob nossa gestão, foi ampliado e aprimorado. Triplicamos a velocidade da conexão, que antes era de até 20 Mbps e agora pode alcançar 60 Mbps", ressaltou.
O Gesac é um programa responsável por garantir acesso à internet para escolas, unidades de saúde, comunidades rurais, quilombolas e indígenas e unidades de segurança localizadas em áreas de difícil acesso e em vulnerabilidade social. O serviço também permite o monitoramento da Amazônia e o acesso em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).
O Ministério renovou contrato com a Telebras em dezembro do ano passado para este programa, com a garantia de investimentos de mais de R$ 3 bilhões para instalação e manutenção de 28 mil pontos de acesso gratuito à internet, por meio de fibra óptica e via satélite, em todo país ao longo dos próximos cinco anos.