O futuro do relacionamento entre marcas e consumidores passa pelo marketing conversacional

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O marketing conversacional está redefinindo como as empresas se conectam com seus consumidores. Recente pesquisa encabeçada pelo Boston Consulting Group ressalta que a mensageria está se tornando cada vez mais um canal estratégico, destacando pontos de atenção para marcas que querem caminhar em direção ao futuro da comunicação.

Nesse caminho, usar os dados primários (first-party data) adquiridos diretamente dos consumidores é como aproveitar um dos seus superpoderes mais valiosos. Eles são uma fonte essencial para a criação de experiências personalizadas.

A preferência crescente por interações por meio de mensagens está moldando uma nova era de conveniência e imediatismo. As pessoas preferem mensagens rápidas e diretas, valorizando a eficiência e a simplicidade. Empresas que reconhecem e respondem a essa mudança estão ganhando vantagem competitiva ao oferecer atendimento mais customizado.

Uma estratégia eficaz de experiências conversacionais transforma o engajamento ao longo de todo o ciclo de vida do consumidor. Desde o primeiro contato, passando pelo pós-venda até a fidelização, as mensagens facilitam uma comunicação contínua e contextual, fortalecendo a relação com o cliente e promovendo maior lealdade e retenção. 

Implementar melhores práticas de business messaging é essencial para maximizar os benefícios dessa estratégia. Respostas rápidas e precisas, personalização das interações e integração com outras plataformas de CRM e e-commerce são fundamentais. Utilizar catálogos nativos na plataforma de troca de mensagens, por exemplo, permite que consumidores naveguem e comprem produtos diretamente pelo aplicativo, simplificando o processo de compra.

Nesse contexto, a conquista de dados primários por meio de canais de mensagens como o WhatsApp, presente no cotidiano de quase 90% dos brasileiros, apresenta-se como uma oportunidade única. Essas interações oferecem insights sobre comportamentos e preferências, permitindo uma segmentação mais precisa e em conformidade com as regulamentações de privacidade.

Com as discussões sobre a possível eliminação dos cookies e a complexidade do comportamento do consumidor, as marcas precisam repensar suas estratégias de dados. A dependência de dados de terceiros está sendo cada vez mais contestada, enquanto os dados primários se destacam por oferecer maior precisão, privacidade e capacidades avançadas de segmentação.

Um exemplo é a campanha de uma marca de cuidados infantis que convidou os usuários a criarem conteúdos no Instagram e desbloquearem ofertas exclusivas, vídeos personalizados e promoções diretamente no WhatsApp. Isso resultou em mais de 113 mil interações com o agente conversacional, cerca de 70 mil conteúdos publicados e 78% das compras feitas via WhatsApp, destacando a eficácia do uso de dados primários e interações personalizadas para impulsionar vendas.

Outro caso de sucesso é uma empresa de cosméticos, que usa o canal conversacional para informar detalhes de seus produtos aos usuários. A cada interação, estratégias de relacionamento como lembretes de carrinho abandonado e remarketing eram implementadas, resultando em uma taxa de conversão 395% maior que a identificada no site da marca após a ação com notificações e assistência pós-venda com atualizações do status do pedido em tempo real.

A adoção dessas estratégias pode ser o diferencial necessário para se destacar. Investir em tecnologia, treinar equipes e desenvolver campanhas focadas no engajamento por meio de mensagens pode transformar a maneira como as empresas interagem com os seus consumidores.

O marketing conversacional, aliado à coleta estratégica de dados primários (first-party-data), representa uma oportunidade única. Adotar essa abordagem melhora a experiência do consumidor e oferece uma vantagem significativa em um setor cada vez mais orientado por dados. Cabe agora ao mercado transformar e potencializar essa oportunidade. 

Samir Ramos, co-founder e co-CEO do smarters.

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