Comércio eletrônico brasileiro chega a R$ 7,8 bi até julho

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O comércio eletrônico movimentou R$ 7,8 bilhões no Brasil de janeiro a julho deste ano, um crescimento de 41,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A cifra supera o total de vendas dos shoppings centers da Grande São Paulo, no mesmo período, estimado em R$ 7,2 bilhões. Os dados são de pesquisa desenvolvida pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) em parceria com a consultoria de marketing online e-bit.
A maior presença do e-commerce no varejo levou a Fecomercio a rever a metodologia de apuração da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), desenvolvida mensalmente desde 1970. A partir de agora, o comércio eletrônico passa a ser acompanhado como um segmento do varejo, denominado, dentro da pesquisa, como "e-PCCV".
Dessa forma, chegou-se ao valor de R$ 55,62 bilhões o faturamento total do varejo na Grande São Paulo nos sete primeiros meses do ano, expansão de 10% sobre o mesmo período do ano anterior. O e-commerce movimentou R$ 1,25 bilhão, de janeiro a julho de 2010, na Região Metropolitana de São Paulo, alta de 29,3% ante igual período de 2009. Em julho, o segmento correspondeu a 2,3% do total das vendas na Grande São Paulo.
Estimativas da e-bit indicam que o comércio eletrônico deve fechar o ano com faturamento da ordem de R$ 14,3 bilhões, uma expansão de 35% em relação ao ano anterior. Como referência, esse valor supera, segundo cálculos da Assessoria Econômica da Fecomercio, 10% superior a o orçamento do Programa Bolsa Família de 2010; corresponde à venda 350 mil veículos; e equivale ao valor gasto, anualmente, por todas as famílias brasileiras com roupa feminina.
Para o total do varejo na Grande São Paulo em 2010, a Fecomercio projeta um crescimento de 7% (6,6% no varejo tradicional e 25% no eletrônico). A única variável que pode comprometer tal prognóstico, alerta a Assessoria Econômica da Federação, é a prorrogação por um prazo muito extenso do ciclo de altas na taxa básica de juro, contaminando, assim, os custos dos empréstimos para pessoas físicas.
Nos primeiros sete meses do ano, as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos registraram as maiores altas no varejo da Grande São Paulo, com expansão de 23,8% nas vendas em relação ao mesmo período de 2009. Em seguida, com alta de 15,7% na mesma base comparativa, veio o setor de vestuário, tecidos e calçados. Considerando o faturamento, os supermercados lideram o varejo da Região Metropolitana de São Paulo, ao atingir R$ 18,98 bilhões, elevação de 4,7% ante o mesmo período do ano passado.
De acordo com a Assessoria Econômica da Fecomercio, a prolongada continuidade, em níveis positivos, dos indicadores determinantes do consumo – renda, emprego, crédito, inflação e confiança do consumidor – e a ausência de ameaças a esse cenário, no curto prazo, mantêm e mantiveram as vendas em níveis aquecidos no primeiro semestre e em julho passado, dando um tom otimista para o desempenho do comércio até o fim deste ano.

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