Brasil tem primeiro aplicativo gratuito para dor de cabeça

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A Libbs Farmacêutica, laboratório com mais de 2 mil funcionários, de capital nacional e em atividade no mercado há 54 anos, criou o primeiro aplicativo gratuito para cefaléia, denominado Diário da Cefaléia, disponível para download na versão para iPhone e iPad na App Store desde o fim de agosto. "Há ainda uma versão para PC disponível no site enxaquecanao.com.br", informa o gerente de produtos da Libbs Farmacêutica e responsável pelo projeto, Alexandre Varga. A empresa tem ainda 65 produtos em segmentos como cardiologia, ginecologia, sistema nervoso central, respiratório e dermatologia.

Antes do desenvolvimento do aplicativo para cefaléia, Varga, afirma que médicos e pacientes contavam apenas com a versão impressa do Diário da Cefaléia, em que o paciente anotava os dados a lápis ou a caneta, com o objetivo de fazer um controle detalhado da incidência da doença e das crises. Nesse caso, "era necessário manusear o material a cada novo registro, correndo o risco de amassar, perder, molhar, rasurar etc.", conta Varga. Além disso, ele acrescenta que era preciso escanear as anotações para enviar ao médico, ou então aguardar uma nova consulta.

Justamente para solucionar esses entraves, o projeto foi impulsionado. Varga comenta ainda que a dificuldade e o tempo necessário para fazer os registros, muitas vezes, levavam o paciente a desistir de registrar as crises, o que compromete o tratamento. Além disso, "o médico era obrigado a arquivar os diários de todos os pacientes em papel, dificultando o acesso e o controle", informa.

Fortalecimento da marca

Varga explica que por meio de um calendário — com dia, horário e intensidade da dor — o paciente pode registrar, com precisão, todos os detalhes das crises de dor de cabeça. "Toda vez que a dor de cabeça surgir, o paciente registra as informações detalhadas no aplicativo, que ficam armazenadas em um banco de dados. Além de dispensar o uso de papel e gerar um benefício sustentável, a ideia é aproveitar a praticidade e mobilidade da ferramenta", afirma.

O aplicativo também permite sinalizar a região da cabeça na qual a dor foi predominante e selecionar os fatores desencadeantes, como alimentar, físico, ou sensorial. Com as informações preenchidas, o usuário envia um relatório completo ao neurologista, por e-mail ou impresso, com o registro de todos os episódios de crise ocorridos no período.

Como diferenciais do projeto, ele destaca a possibilidade de armazenar as informações em um banco de dados e poder acessá-las de qualquer dispositivo (iPhone, iPad ou PC), que tenha o aplicativo instalado. Além da eliminação do uso de papéis, "o que gera um benefício sustentável", e a possibilidade de enviar o relatório para o médico via e-mail, direto do aplicativo.

O processo de criação do aplicativo demandou oito meses, contando desde o surgimento da ideia, desenvolvimento, testes, validação com neurologistas, avaliação da Apple, até a publicação e inserção da ferramenta na App Store.

A ideia do aplicativo foi discutida com médicos neurologistas. Os profissionais a aprovaram. "A partir disso, entramos em contato com a empresa que programaria o aplicativo, para viabilizar o projeto", diz. A companhia em questão é a Applause Mobile, responsável pelo desenvolvimento do aplicativo. No entanto, Varga lembra que "a Libbs é responsável por 100% do investimento."

Apesar de não revelar o valor investido, o gerente de produtos faz uma observação sobre o retorno desse dinheiro. "Como o aplicativo é gratuito, não teremos um retorno financeiro direto. Nossa intenção é fortalecer a imagem da Libbs no mercado de enxaqueca e na prestação de serviço para este tipo de paciente", considera.

Sucesso iminente

Varga conta que o sucesso do projeto será medido pelo número de downloads e pelo número de pacientes que utilizarão a ferramenta, mas por ser um lançamento, o executivo ainda não tem uma média de quantas pessoas já aderiram a solução.

"Não temos uma expectativa em números, mas considerando que no Brasil temos 30 milhões de pessoas que sofrem de enxaqueca, a perspectiva (de usabilidade do aplicativo) é muito boa", explica. A enxaqueca é responsável por 35% das consultas neurológicas no País.

Além do número de pessoas portadoras de cefaléia, Varga define outro fator que pode alavancar o sucesso do projeto: o "marketing boca a boca". Segundo ele, quanto mais pessoas usarem o aplicativo, e gostarem, a divulgação acaba por se tornar natural.

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