Como construir um ambiente de varejo mais seguro e mais eficiente através da tecnologia?

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A ABRAPPE (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas) recentemente revelou um aumento significativo nas perdas no setor de varejo. O índice médio em 2023 atingiu a marca de 1,57%, um valor de perda aproximado de R$35 bilhões.

O cenário, dessa forma, cria um grande alerta para que as lojas varejistas invistam em meios de segurança e prevenção de perdas, visando um plano de mitigação do problema que afeta desde a eficiência operacional até, consequentemente, o faturamento da empresa.

As causas das perdas no varejo e o papel da tecnologia

Há várias causas por trás das perdas no varejo, como erros operacionais e administrativos, fraudes internas, produtos vencidos e avarias nos produtos, mas podemos dar destaque a uma: os furtos. Representando uma parcela considerável das perdas, os furtos afetam diretamente a lucratividade das lojas.

Reconhecemos estas perdas somente quando o inventário é realizado e surgem divergências entre o estoque físico e o estoque do sistema. Sendo furtos internos ou externos, o fato é que a prevenção é necessária e caso a loja não esteja protegida, se torna alvo preferencial para furtantes de oportunidade, além de quadrilhas especializadas.

Hoje, há abordagens tecnológicas voltadas para o acompanhamento em tempo real das movimentações dentro das lojas. Tecnologias como CFTV, um sistema capaz de captar e gravar imagens que são transmitidas para monitores com acesso restrito, ou as antenas antifurto com tecnologia EAS, já são conhecidas dos varejistas, porém tem evoluído muito nos últimos anos, agregando inteligência de dados e a possibilidade de integração entre diferentes soluções de forma complementar.

Quando estas novas soluções são integradas no ambiente operacional dos lojistas possibilitam um maior controle nas lojas, incentivando uma cultura de conformidade e responsabilidade.

O uso estratégico da tecnologia

Como citado acima, uma das alternativas de segurança no varejo é o CFTV. Sua sigla significa "Circuito Fechado de Televisão" e é uma das mais populares e tradicionais tecnologias de segurança eletrônica. A novidade é que o CFTV não precisa mais ser utilizado de forma passiva e isolada. A integração com outras tecnologias, tornam o CFTV uma ferramenta estratégica para o varejo, sendo cada vez mais utilizada por outras áreas além da segurança e prevenção de perdas.

A integração do CFTV com as antenas antifurtos inteligentes (EAS), por exemplo, permite a visualização em tempo real dos eventos de alarme das antenas, além do registro de clipes de vídeo de todas as ocorrências para auditoria, análise e melhorias de processos.

O sistema antifurto EAS é um outro exemplo de tecnologia tradicionalmente utilizada no varejo que se transformou nos últimos anos. Com as antenas (pedestais instalados nas portas das lojas) e desativadores conectados à internet, além da proteção de mercadorias contra furtos, o varejista pode entender melhor o padrão das ocorrências, quais lojas tem maior incidências de eventos, qual a quantidade de etiquetas desativadas no período etc. Isso permite maior controle da operação, favorecendo o controle da perda.

O uso dessas tecnologias, portanto, cria um sistema robusto que protege os ativos da loja, inibe a ação de furtantes e assegura um ambiente de compra seguro e eficiente. Investir nessas soluções é a resposta proativa para uma exigência e um alerta importante do varejo atual, assegurando tanto a proteção dos produtos, quanto a experiência dos clientes e a lucratividade das lojas. Mais do que isso, também é um investimento de proteção que facilita a cultura de prevenção, com revisão e melhoria contínua dos processos dentro do varejo.

Vanessa Urbieta, especialista em riscos e prevenção de perdas da Inwave.

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