Mesmo em meio à crise, a LG espera um Natal forte de vendas de celulares e para o ano estima atingir 12 milhões de aparelhos comcercializados no Brasil, 33% a mais do que as 9 milhões de unidades vendidas em 2007.
Se confirmado esse número, a fabricante coereana, que atualmente detém cerca de 22% de participação de mercado, segundo seus próprios dados, deve encerrar o ano com market share de 25% no país.
A expectativa da LG é que o Brasil some neste ano 49 milhões de aparelhos vendidos, mesmo resultado que a empresa vislumbra para 2009. A perspectiva é inferior à da Nokia, que prevê vender 52 milhões de dispositivos.
Apesar da crise econômica internacional e da volatilidade do dólar, a empresa diz que não está interrompendo a venda de aparelhos para varejistas e operadoras e que a demanda está muito grande, o que a leva a ter uma perspectiva otimista para o Natal.
"Acreditamos em um resultado positivo, apesar da crise. As operadoras nos passam confiança de boas vendas", afirmou Carlos Melo, diretor comercial da LG para a área de celulares, durante coletiva de imprensa no Futurecom 2008, que começa oficialmente nesta terça-feira, 28, em São Paulo. O executivo ressaltou que a negociação com o varejo e operadoras ocorre trimestralmente. Além disso, a fabricante aposta no lançamento de sua nova linha de aparelhos touchscreen (sensível ao toque) para impulsionar as vendas na melhor época do ano para o varejo.
Entretanto, o executivo frisou que para 2009 o cenário é incerto e que a empresa acompanha de perto, com as operadoras, a variação cambial. "Os estoques do mercado foram adquiridos com dólar baixo, mas ninguém sabe a extensão dessa crise", analisou Melo.
Modem 3G
Após dar indícios que iniciaria a fabricação local de modems 3G até o fim deste ano, a LG voltou atrás e reviu seu planejamento. Segundo o executivo, a empresa está analisando como ficará a curva de preço do produto e como será o retorno do investimento. Outro fator para a pisada no freio da LG é a valorização do dólar frente ao real, o que aumenta o custo da produção, já que alguns componentes são importados e pagos com moeda americana. "Ficou mais caro importar. Estamos estudando a entrada nesse segmento, que é um mercado que deve crescer muito nos próximos anos", disse Melo.