A Alcatel-Lucent aposta que 2011 será um ano de forte crescimento tanto para a companhia quanto para a indústria de equipamentos de rede de telecomunicações que atuam no Brasil. A avaliação da fabricante franco-americana é que as vendas de dispositivos de rede no mercado nacional devem retornar ao nível do ano passado, podendo até mesmo atingir o patamar de 2008, no perído pré-crise.
"O terceiro trimestre foi muito intenso em negócios e este ritmo deve se manter. Estamos bastante otimistas", afirma Jonio Foigel, presidente da Alcatel-Lucent no Brasil.
O executivo cita como alguns impulsionadores da retomada a reativação da Telebras, a compra da Vivo pela Telefónica, a unificação das operações entre Embratel e Claro e a aquisição da GVT pela Vivendi. Esses movimentos do mercado, segundo Foigel, trarão uma nova onda de investimentos. No caso específico da Alcatel-Lucent, ele
menciona os contratos vencidos pela empresa para massificação da banda larga da Oi e expansão do backbone da Embratel, que contribuíram, inclusive, para o bom resultado do terceiro trimestre.
O presidente da Alcatel-Lucent no Brasil, diz que esse é o melhor momento da empresa, depois da fusão das operações. A expectativa de Foigel é alavancar a posição da companhia na América Latina e no Brasil. Para isso, ele diz que a fabricante aposta nos investimentos em soluções sem fio, principalmente em tecnologias Long Term Evolution (LTE). O executivo conta que a Alcatel-Lucent já iniciou teste de LTE com a Telefônica e com outra operadora, cujo nome não revela.
Foigel diz que a expectativa é que as operadoras antecipem a implantação de redes de quarta geração, sendo que os primeiros projetos devem começar já em 2012. Outra frente na qual a Alcatel-Lucent vai atuar fortemente é no desenvolvimento de aplicativos. Por meio de parcerias firmadas as Universidades de Santa Catarina e de Recife, a companhia pretende, inicialmente, desenvolver aplicativos para call center e de segurança de rede. Ela também pretende criar um centro de desenvolvimento de aplicativos. "Quero que esteja em funcionamento já a partir deste ano", disse Foigel.
A segunda fase do projeto será voltada para a criação de plataformas para desenvolvimento de aplicativos para atender três áreas: desenvolvedores, pequenas e médias empresas e agências de publicidade. "Queremos fomentar esse mercado", enfatiza
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