A Sterling Commerce, subsidiária da AT&T que fornece software e soluções para comércio eletrônico, prevê fechar o ano com crescimento entre 4% e 5% no Brasil, o qual representam cerca de 80% das receitas da América Latina e 2,7% do faturamento global do grupo.
"Conquistamos 22 clientes no país até o momento, todos grandes corporações. Nossa meta é ter um crescimento sustentável", afirma Marcelo Ramos, presidente da Sterling Commerce para a América do Sul, ao ressaltar que o objetivo é de ter como clientes todas as multinacionais brasileiras. Atualmente a empresa já tem entre seus clientes a Vale, Petrobras, Embraer, Usiminas, Gerdau, Suzano, entre outras, e agora mira conquistar outras gigantes como a Aracruz e Friboi, com a meta de contar com as 15 maiores multinacionais brasileiras em sua base.
Para alavancar o crescimento das receitas, a empresa vem desenvolvendo um projeto de expansão no país. Como parte desse programa, a Sterling recentemente investiu R$ 550 mil para a abertura de um escritório próprio em Brasília, onde atuava, até então, por meio de parceiros.
Em 2009, deve abrir ao menos duas novas filiais, uma na região Sul (Curitiba ou Porto Alegre) e outra no Sudeste, com base em Belo Horizonte ou Rio de Janeiro. "Queremos fortalecer nossa atuação em regiões nas quais atuávamos por meio de parceiros, com o intuito de ficarmos mais próximos de nossos clientes", comentou o executivo.
A abertura do escritório em Brasília é uma estratégia da empresa para conquistar novos contratos com o governo, e aumentar a participação no faturamento, que hoje é de cerca de 22%. "Nossa meta é elevar essa representatividade para 30% em três anos", comenta Ramos.
Além disso, a Sterling planeja ampliar em 10% a sua força de trabalho em 2009 para sustentar o crescimento, após ter incrementado 12% neste ano.
Outra aposta para 2009 são as soluções de arquitetura orientada a serviços (SOA, na sigla em inglês), segmento no qual já detém 80 clientes. O objetivo é conquistar 30 novos clientes e elevar esse número para cerca de 110. "A demanda está aquecida, estimamos um crescimento entre 40% a 50% para a nossa base de SOA", disse Ramos.
A estratégia de crescimento da Sterling commerce também passa por fusões e aquisições. E, apesar de entender que o atual cenário econômico é propício para a compra de empresas, devido à desvalorização dos ativos, Ramos mantém um pé atrás e diz que pretende agir só em fevereiro. "O Natal puxa muito as vendas das empresas, o que pode gerar uma falsa impressão sobre o futuro dela. Em fevereiro, o cenário tende a ser mais claro", avaliou.
Em relação à crise financeira, o executivo diz que a único efeito por enquanto foi a alteração do planejamento futuro, que antes era anual e agora passou a ser trimestral para facilitar o acompanhamento dos acontecimentos.
Como a precificação de lista de seus produtos é feita em dólar, a Sterling Commerce estabeleceu um valor fixo de R$ 2,20 para a moeda americana, com o intuito de manter as vendas aquecidas e não prejudicar as negociações com os clientes. "Criamos uma latência. Esse valor pode ser alterado de tempo em tempo. Não queremos que a flutuação cambial atrapalhe nosso crescimento, e por esse mtoivo não podemos repassar todo esse aumento aos clientes", analisou Ramos.
- Crescimento sustentável