Varejo deve estar preparado para aumento de cibercrimes durante a Black Friday 2024

0

A Black Friday pode não ser uma tradição antiga no país, mas já é um dos eventos mais aguardados pelo consumidor brasileiro. Muito movimentada pelo varejo, a data garante oportunidades de economia e a chance de realizar aquelas compras que estavam esperando no carrinho com descontos significativos. Segundo pesquisa do Mercado Livre, 85% das pessoas pretendem comprar durante a Black Friday 2024.

Por esse motivo, o varejo digital também se torna propício para os cibercriminosos durante o período, que buscam explorar o aumento no volume de transações online e a crescente coleta de dados pessoais e financeiros. Além dos tradicionais riscos aos consumidores, com milhares de sites fraudulentos colocados no ar diariamente e diferentes estratégias de phishing, as empresas também devem analisar os riscos e adotar estratégias para garantir sua segurança no período.

Ao todo, é esperada a movimentação de R$ 9 bilhões nesta sexta-feira, um prato cheio para criminosos que buscam por vulnerabilidades tanto para crimes financeiros como para roubo de dados de clientes. Sistemas de pagamento legados e credenciais, por exemplo, devem ser os alvos mais comuns no período.

Ameaças crescentes ao e-commerce

O cenário de segurança do varejo é desafiador e a Black Friday tende a impulsionar os riscos. Entre as principais ameaças, destacam-se as táticas avançadas de ransomware para o roubo de credenciais e acesso a servidores, o que pode ser utilizado para o desvio de transações financeiras em sistemas de pagamentos.

Grandes varejistas brasileiros já foram impactados por ciberataques, com incidentes que afetaram desde seus sistemas de e-commerce até a exposição de dados de clientes. Durante a Black Friday, esses incidentes têm uma taxa de sucesso elevada devido ao alto volume de transações. Para evitar a indisponibilidade dos serviços e prejuízos, os varejistas precisam garantir que seus sistemas permaneçam operacionais, o que dificulta a resposta rápida às ameaças.

O ano de 2024 também apresenta números relevantes em relação à proteção de dados. As estatísticas mostram um aumento de 40% nos ataques de phishing direcionados ao setor varejista. Mais alarmante ainda é o aumento de 25% no uso de técnicas de engenharia social, que visam explorar vulnerabilidades humanas para obter acesso a sistemas críticos.

Medidas de proteção essenciais

Para enfrentar esse cenário desafiador, especialistas recomendam uma série de medidas preventivas que as organizações devem implementar com urgência:

  • Autenticação Multifatorial (MFA): a implementação de MFA é fundamental, com previsão de crescimento de 15% ao ano até 2026 no mercado de soluções de autenticação avançada.

  • Monitoramento em tempo real: serviços de inteligência artificial generativa devem transformar o panorama de cibersegurança ao permitir a análise preditiva de ameaças. Com isso, empresas podem se antecipar às estratégias dos cibercriminosos.

  • Proteção de identidades: o mercado de gerenciamento de identidade deve crescer em 2025. Segundo a IBM, roubos de credenciais correspondem a 35% dos cibercrimes.

A preparação adequada das companhias é fundamental. Empresas que investem em segurança proativa e tecnologias avançadas estarão melhor posicionadas para proteger não apenas seus sistemas, mas também os dados de seus clientes durante este período crítico de vendas.

Arthur Gonçalves, CEO da Asper.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.