O Ministério da Defesa aprovou a política que define estratégias de defesa cibernética nos níveis operacional e tático e que deve ser aplicada nos grandes eventos que serão sediados no país, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Portaria que aprova a Política Cibernética de Defesa foi publicada nesta quinta-feira, 27, no Diário Oficial da União.
De acordo com o documento, caberá ao ministério, em conjunto com as Forças Armadas, impedir ou dificultar a utilização criminosa da rede. Eles serão os responsáveis por garantir a operação da rede, bem como a interoperabilidade dos sistemas e a segurança. Para isso, a política prevê a implantação do Sistema Militar de Defesa Cibernética, implantado por militares e civis, e assessorado pelo Estado-Maior das Forças Armadas.
Deverão ser criados e normatizados processos de segurança cibernética para padronizar os procedimentos de defesa da rede. Deverão também ser estabelecidos programas e projetos para assegurar a capacidade de atuar em rede com segurança. A política deve integrar as ações já em curso de defesa cibernética no país. Além disso, será implantada uma infraestrutura de chaves públicas da defesa (ICP-Defesa), além de padrões interoperáveis de criptografia em complemento aos das Forças Armadas. Os procedimentos serão assunto de auditorias periódicas.
O texto justifica a medida, colocando a segurança da informação como fator primordial para a defesa cibernética. “A segurança da informação e comunicações é a base da defesa cibernética e depende diretamente das ações individuais. Não há defesa cibernética sem ações de segurança da informação e comunicações”, diz a portaria.