A Sony foi multada em US$ 400 milhões pelo ataque de hackers a sua rede de videogames online PlayStation Network (PSN). O ataque ocorreu em 2011, quando cibercriminosos conseguiram invadir a rede do PSN e roubaram dados de 77 milhões de usuários — agenda de endereços, telefones até dados de cartões de crédito. Com o ataque o PSN ficou suspenso por 25 dias, quando acabou sendo restabelecido parcialmente (sem a PlaysStation Store) na América do Norte, na Europa e em outras regiões.
A multa foi aplicada pela Agência de Proteção da Informação do Reino Unido (ICO, na sigla em inglês), a qual alega que a Sony “quebrou gravemente a lei de proteção de dados” do país. O órgão chamou o episódio de “um dos mais sérios” com o qual já lidou e, segundo as autoridades, os membros da ICO estão céticos quanto à capacidade da companhia de proteger seus sistemas e software.
Nota assinada pelo diretor de proteção de dados da ICO, David Smith, divulgada pelo The Next Web, afirma que os sistemas de proteção da Sony não atendem aos padrões requeridos pelas leis britânicas. Nas palavras dele, a companhia japonesa “deveria ter mais conhecimento” sobre o assunto.
A Sony afirmou que irá recorrer da multa. “A Sony foi vítima de um ataque criminal direcionado. Não há evidência de que pagamentos por cartões de crédito criptografados foram acessados e esses tipos de dados pessoais não foram usados para propósitos fraudulentos após o ataque a PSN”, diz o comunicado da companhia enviado ao site.