82% das PMEs pretendem seguir com a adoção de novas tecnologias após a pandemia, diz estudo

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Estudo encomendado pela Microsoft indica que as pequenas e médias empresas (PMEs) se sentem preparadas para encarar os desafios do mercado pós-pandemia. A adoção de novas tecnologias é o que a maioria delas (78%) enxerga como a mudança mais fácil para a retomada. Além disto, 73% das pequenas, médias e micro empresas se dizem prontas para enfrentar os desafios de marketing digital e 71% estão preparadas para as questões relacionados ao trabalho remoto.

O estudo "Como as PMEs brasileiras enfrentaram a pandemia da Covid-19" foi elaborado pela agência de comunicação Edelman, com a finalidade de entender quais os desafios e oportunidades que essas empresas encontraram durante o período e o que elas esperam para o futuro pós-pandemia. O estudo consultou proprietários e funcionários de mais de 500 pequenas, médias e microempresas de todo o país para entender a visão desse público em relação à adoção de novas tecnologias, trabalho remoto, recursos humanos, implementação de estratégias de marketing digital e capacidade de reinvenção de seus objetivos e estratégias de negócio.

Com a pandemia, muitas empresas precisaram se reinventar e adaptar seu modelo de trabalho para o formato remoto. Isso fez com que plataformas de comunicação e colaboração se tornassem essenciais no dia a dia dessas empresas. Para 66% dos entrevistados, os softwares de videochamadas são as principais mudanças adotadas em relação à adoção de tecnologia, seguido por nuvem e software de trabalho remoto (ambos com 55%). A pesquisa mostrou que a maioria das PMEs estão familiarizadas, até certo ponto, com as plataformas de videochamadas e tecnologia de nuvem, cerca de 74% e 76% respectivamente.

Durante a pandemia, 42% das PMEs aceleraram a adoção de novas tecnologias, principalmente as empresas de médio porte e 83% dos entrevistados afirmam que a adoção de novas tecnologias é o aspecto mais relevante para a recuperação econômica das PMEs brasileiras. Com a adoção de novas tecnologias, houve um aumento na adoção de políticas de segurança cibernéticas, principalmente entre as microempresas – 51% delas implementaram esse tipo de solução e 52% das PMEs afirmaram estar preparadas para enfrentar os desafios da segurança cibernética.

O protagonismo da tecnologia no auxílio à adaptação das empresas à nova realidade do mercado reflete nos dados da pesquisa também para o momento pós-pandemia: 82% das PMEs entrevistadas pretendem continuar com o processo de adoção de tecnologias mesmo depois que esse momento passar, sendo que 40% delas priorizarão as tecnologias baseadas em nuvem e 36% as tecnologias de marketing digital.

Um dos principais temas discutidos durante a pandemia foi a adequação ao modelo de trabalho remoto, que foi adotado por muitas empresas no período, de acordo com as recomendações de medidas de distanciamento e isolamento social. No caso das PMEs, 42% dos entrevistados aceleraram a adoção do trabalho remoto – 71% das mudanças em recursos humanos foram focadas em políticas de home office. Segundo a pesquisa, as mudanças no trabalho remoto nessas empresas foram baseadas na flexibilização (76%), cultura interna (62%) e implantação de ferramentas para viabilizar esse modelo de trabalho (59%). Em relação ao futuro pós-pandemia, a pesquisa identificou que apenas 38% das PMEs pretendem retornar ao local de trabalho físico com políticas flexíveis e 30% das PMEs vão manter o trabalho remoto integralmente.

Este novo formato afetou as áreas de Recursos Humanos das empresas, que sentiram necessidade, em especial as de médio porte, de procurarem talentos com competências digitais – 64% das médias empresas, de 150 a 250 colaboradores, apostaram na aquisição de novos talentos especializados em tecnologia e habilidades digitais. De acordo com a pesquisa, a prioridade da área de Recursos Humanos a curto prazo é buscar talentos com habilidades para inovar (59%), competências digitais (56%) e habilidades para trabalhar remotamente (55%).

O ano de 2020 também foi marcado pela revisão dos objetivos e estratégias de negócios para essas empresas. Dentre as principais mudanças relatadas pelas PMEs nesse aspecto está a reinvenção de suas estratégias de marketing – 60% dos entrevistados afirmam que essa foi sua prioridade durante o período, seguido da reinvenção do produto ou serviço que oferecem (45%) e de seus canais de vendas (41%).

A comunicação e o relacionamento com os clientes foi uma das principais mudanças realizadas pelas PMEs consultadas pela pesquisa: 75% implementaram alguma mudança nas comunicações de mídia social, seguido de melhorias no website (54%) e canais de atendimento ao cliente (51%).

As expectativas para o pós-pandemia são positivas: 75% das PMEs continuarão reinventado seus objetivos e estratégias de negócio e 81% irão manter seus esforços de marketing digital após a pandemia, com destaque para as microempresas: 92% afirmam que vão continuar com suas estratégias de marketing digital.

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