Pandemia impulsionou melhores práticas de RH na distribuição de TI, revela estudo

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Profissionalização: esse é o caminho que as empresas brasileiras do setor de distribuição de tecnologia seguem cada vez mais, investindo em gestão e melhores práticas de Recursos Humanos, além do aprimoramento dos profissionais, inclusive das lideranças. É o que revela a edição 2020 da Pesquisa Salarial da Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação, a Abradisti.

Esta é a quarta edição do estudo, conduzido pela consultoria Remunerar, em parceira com o Grupo de Trabalho de Recursos Humanos da entidade, com a participação de 21 distribuidores associados. Além de questões sobre 60 cargos diferentes, o estudo incluiu nove perguntas diretamente relacionadas à pandemia de COVID-19, além de ações de suporte e adequação propostas pelos respondentes.

O bom momento da indústria de tecnologia, impulsionada pela transformação digital das empresas e aceleração do movimento por conta da pandemia, pode ser observado na manutenção dos empregos no setor. Somente 14% das empresas entrevistadas reduziram pessoal entre março e agosto de 2020.

Segundo o estudo, em agosto o percentual de empresas do setor de distribuição de TI que adotaram e mantinham o home office era de 57%, que detinham mais de 75% do total de funcionários nesse regime de trabalho. Além disso, 19% não tinham perspectiva de retorno ao trabalho presencial, o que deve continuar impulsionando a demanda por tecnologia.

No quesito benefícios, 57% das empresas do setor concedem algum tipo de ajuda de custo aos funcionários em teletrabalho – enquanto a média de mercado não passa de 20%, segundo o diretor da Remunerar. "O que percebemos sobre benefícios é que elas cortaram o vale transporte e transferiram [os valores] para o vale alimentação ou refeição, o que é pouco perto das mudanças que teremos daqui pra frente", diz.

Segundo o estudo, o número de distribuidores que não tinham um programa estruturado de participação de resultados caiu de 80% em 2019 para 52% em 2020. Outro dado que demonstra o maior cuidado das empresas em oferecer benefícios aos funcionários é a avaliação formal de desempenho, que não existia em 60% das empresas em 2019, número que caiu para 43% em 2020.

O desenvolvimento de lideranças, que era ausente em 75% das empresas, em 2020 não esteve presente em 62% delas – número ainda elevado, mas em tendência de queda.

 

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