Painel debate a explosão dos NFTs

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A explosão do mercado de NFTs (token non fungible) só foi possível com o uso do blockchain, pois ela já era uma conhecida há bastante tempo. Com o uso desta tecnologia, o mercado se multiplicou com uma infinidade de produtos físicos e virtuais que podem ser tokenizados, como como desenhos, músicas, um avatar, enfim qualquer coisa.   O tema foi apresentado no painel do último dia do Forum Blochcian, promovido pela TI INSIDE nesta sexta-feira, 28.

Como explicou  Heitor Miguel, diretor de tecnologia da Biobots  "muito do entendimento que as pessoas possuem sobre  NFT vem dos itens  colecionáveis, basicamente um token que pode linkar a uma imagem e torná-la única, assim houve a criação de inúmeros sites onde os interessados podem "interagir" comprando itens únicos".

"A correlação  da NFT e do multiverso – plataformas onde digitalmente se criam novas realidades – se dá quando muito do que ali existe são coisas com NFT correspondente. Podem ser criações originais como também produtos de marcas conhecidas no mundo real",  comentou , " As coisas encontradas no  do metaverso  a moeda que é a criptomoeda  cada metaverso tem a sua – cada item do metaverso é um NFT. Entre os metaversos mais conhecidos hoje estão o Descentraland e o The Sandbox", disse.

Para entender um pouco da atual explosão dos NFTs basta olhar para os números da movimentação financeiras destes itens: US$ 754,3 milhões no segundo trimestre deste ano, valor 48,2% superior ao observado nos três meses anteriores e 35,5 vezes todo o dinheiro movimentado entre abril e maio de 2020, segundo dados do site No Fungible.com, que reúne informações do setor.

"Com números dessa ordem é bem razoável entender porque tantos sites hoje com coleções rastreáveis e  como o  mercado de colecionáveis tem crescido em volume das transações. O importante para quem quer investir neste mercado é analisar cuidadosamente cada segmento (games, artes, música entre outros) que realmente está em crescimento, e não é apenas uma bolha", disse.

Felipe Veloso, economista e fundador da escola Cripto Mestre, acredita que a tendência é de  crescimento do  metaverso especialmente pelo uso do blockchain ( por suas características enquanto tecnologia de rastreabilidade, confiança etc) .

Entre outras , a discussão do momento incide sobre a propriedade da produção, não necessariamente a propriedade intelectual do produto  e do controle da privacidade e dos dados de cada usuário. "Na  Web tradicional o provedor  utiliza seus dados e ganha com isso, mas no Metaverso essa realidade é outra", explicou. Na Web 3.0, onde está inserido o Metaverso, é considerada como a terceira onda da Internet, projeta estruturar todo o conteúdo disponível na rede mundial de computadores dentro dos conceitos de Web Semântica. Esta nova Web também pode ser chamada de "A Web Inteligente. Nela você usa seus dados para você ganhar com isso".

Recentemente surgiu como um movimento que tenta afastar a centralização da web, devido a muitos serviços como pesquisa, redes sociais e as aplicações de bate-papo que dependem de uma única ou poucas organizações para funcionarem.

"No Metaverso você é o dono dos seus dados, e quem quiser fazer a propaganda de um produto deverá pagá-lo por isso. Um conceito muito diferente do que conhecemos", contou, "Naturalmente o metaverso ganhou impulso pelo isolamento das pessoas durrate a pandemia e tem sido visto como uma forma de mitigar esse isolamento", argumentou.

Tatiana Revoredo, CSO na Global Strategy, estrategista em Blockchain pela University of Oxford  argumenta que tudo está relacionado ao metaverso. "Assim como o blockchain tem expandido a economia, as NFT's expandem a economia do Metaverso", disse.

Como explicou a executiva, o metaverso é muito novo e ainda está sendo construído, portanto muito ainda está por acontecer .

"O importante é notar que a economia da web 3.0 está  baseada no know how humano, no valor criado pelas ideias  e em uma análise simples  são a base de geração de riquezas . O NFT expandiu exatamente neste momento ", aponta a executiva . "O pulo do gato, não é a tecnologia, mas foi a introdução do blockchain e IA nos NFTs. Com isso foi possível  codificar direitos sobre determinado ativo na transação e  novos negócios surgiram a partir daí. Neste universo, quem cria conteúdo é premiado alterando a dinâmica dos direitos autorais e da propriedade intelectual, pois a NFT permite a comercialização de um produto outorgando direitos sobre a obra mas a propriedade intelectual continua com o seu criador".

"O tema é fascinante e as NFTs estão se expandindo rapidamente. O setor de arte, é um grande exemplo, onde se tornou mais conhecido e tornando a arte mais acessível a mais pessoas.  Mas os games  já utilizavam isso há muito tempo.  Outras áreas tendem a este mesmo crescimento à medida que grandes marcas – como, por exemplo, a Nike – lançam tokens oficiais e projetos", comentou  Marcos Botelho, CEO e fundador da PIRA Digitals.

"Entre as razões apontadas para o forte crescimento dos NFTs estão a grande valorização das criptomoedas e a comercialização de tokens milionários. Diante da ascensão desse  mercado, há quem diga que estamos vivendo uma bolha.  Mas, valor de todas as negociações de NFTs movimentou um montante de US$ 23 bilhões em 2021, o que é muito representativo", concluiu.

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