O crescimento exponencial do número de ameaças virtuais nos últimos anos fez aumentar a necessidade de investimentos em soluções de segurança. É o que revela uma pesquisa da Frost & Sullivan, empresa internacional de pesquisa e consultoria de mercado. De acordo com o estudo, o mercado de segurança de rede na América Latina movimentou US$ 186,1 milhões em 2007 e alcançará US$ 598,4 milhões em 2013.
?O segmento de pequenas e médias empresas apresenta um potencial de crescimento muito grande na região, sendo impulsionado principalmente pelas soluções vendidas na forma de pacotes, o chamado UTM (sigla em inglês de Unified Threat Management). Essas soluções englobam diferentes métodos de segurança de rede, sendo mais simples de serem instaladas, gerenciadas e com um preço mais atrativo?, diz Fernando Belfort, analista de pesquisa da Frost & Sullivan.
Apesar disso, a falta de conhecimento em relação às soluções de segurança de redes e a dificuldade em mensurar o retorno do investimento ainda são as maiores barreiras para o avanço dessas ferramentas nas empresas da região.
O Brasil é o país com maior participação na receita da América Latina, com 33,5%, seguido pelo México, com 28,8% do mercado. Os dois países, mais parte do Cone Sul, são mercados consolidados em soluções firewall/IPsec, considerando que a maioria das outras regiões tem enorme potencial de crescimento em todas as soluções.
Já os países andinos têm grande potencial de crescimento, especialmente Colômbia e Venezuela. ?Ao contrário dos outros mercados, que já estão mais maduros, essas nações terão um grande crescimento das taxas no médio prazo?, afirma Belfort. A América Central e Caribe são regiões muito subdesenvolvidas nesse segmento, com potencial de crescimento para todas as soluções de segurança de rede. Costa Rica, Porto Rico e Panamá são os principais mercados, impulsionados pelos investimentos governamentais e pela presença de empresas multinacionais.
A expectativa de crescimento do uso de soluções de segurança na região decorre do aumento de ataques mais complexos e da diversificação de incidentes na indústria do crime cibernético. Além disso, as soluções fornecidas em pacotes são mais baratas e eficientes, o que permite que mais empresas adquiram soluções de segurança complexas, segundo Belfort. ?Outros dois fatores importantes são o aumento da força de trabalho móvel (PDA, smartphones e laptops) e o crescimento de serviços pela internet (internet banking e e-commerce), que resultam na necessidade de manter os clientes em segurança?, comenta.
Com relação às verticais, bancos e finanças, TI e telecom e governo são as mais avançadas. Juntas, esses três segmentos respondem por 64,1% do mercado de segurança de rede na América Latina. Em 2013, outras verticais como indústria, manufatura e varejo vão aumentar significativamente sua participação nos investimentos em sistemas de segurança.