A Tele Norte Leste Participações, holding que controla o grupo Oi, registrou em 2007 o maior lucro líquido anual de sua história: R$ 2,36 bilhões, resultado 80% superior ao de 2006, quando a empresa lucrou R$ 1,31 bilhão. Uma das principais responsáveis pela melhora foi a operação móvel do grupo, cuja receita líquida cresceu 18%; o Ebitda, 162%; e o lucro, 230%, alcançando R$ 456 milhões.
A receita líquida da companhia subiu 4,2% em 2007, atingindo R$ 17,58 bilhões. O Ebitda (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortizações), por sua vez, aumentou 6,5%, alcançando R$ 6,5 bilhões, o que representou uma margem de 37%. Descontados fatores não recorrentes, o Ebitda teria sido de R$ 6,3 bilhões em 2007.
A receita com telefonia fixa se manteve praticamente estável no ano passado, totalizando R$ 20,72 bilhões. Sua participação no faturamento da companhia, porém, caiu de 86% para 82%. Especificamente em tráfego local, houve uma queda de 27,5% na receita, com redução de R$ 2,48 bilhões para R$ 1,8 bilhão. Parte dessa queda foi compensada pelo crescimento em tráfego de dados, que subiu 14,6%, passando de R$ 2,51 bilhões para R$ 2,88 bilhões.
Ao fim de 2007, o grupo Oi tinha 14,22 milhões de linhas fixas em serviço, o que representa uma redução de 1,2% em 12 meses. Desse total, 77,7% eram linhas residenciais; 18,2%, comerciais; e 4,1%, telefones públicos. Para 2008, a companhia espera que a queda no número de linhas em serviço continue e prevê uma redução líquida entre 200 e 300 mil clientes desse serviço.
A receita média por usuário (Arpu) na telefonia fixa durante o quarto trimestre de 2007 foi de R$ 85,6. Vale destacar o sucesso da oferta convergente da companhia, batizada de ?Oi Conta Total?, em que o cliente compartilha minutos de telefonia móvel e de telefonia fixa na mesma conta. Ao fim de 2006, havia 212 mil assinantes desse plano. Doze meses depois, a base subiu para 537 mil clientes.
A base de usuários do Velox, serviço de ADSL da companhia, ao fim de dezembro passado era de 1,52 milhão, 34,6% a mais que o registrado 12 meses antes. Até o fim de 2008 a previsão é de que a base alcance 2,1 milhões de clientes. Até dezembro, a cobertura do serviço deve aumentar das 280 cidades atuais para mais de 400 cidades.
Telefonia móvel
A receita bruta com telefonia celular aumentou 27,7% no ano passado, alcançando R$ 4,44 bilhões. Com isso, a participação desse serviço no faturamento total do grupo Oi subiu de 14% em 2006 para 18%, em 2007. A receita com assinaturas cresceu 25,6%, totalizando R$ 937 milhões. O faturamento com serviços de dados e de valor adicionado, por sua vez, foi de R$ 335 milhões, o que representa um aumento de 20,9%. O Ebitda foi de R$ 1,15 bilhão, o que representou uma margem de 27,5%. Vale lembrar que em 2006, a margem havia sido de 12,3%. O lucro líquido, de R$ 456 milhões, foi o maior da história da operação móvel da Oi.
Ao fim de 2007, o grupo tinha 15,98 milhões de usuários de telefonia celular. Desse total, 16% tinham planos pós-pagos. A Arpu dos clientes de telefonia móvel foi de R$ 22,7 no quarto trimestre. A participação da Oi nas adições líquidas registradas em sua área de atuação em 2007 foi de 25,4%. A companhia espera alcançar 18 milhões de assinantes móveis ao fim de 2008 na região 1. Não foi aberta a expectativa de usuários em São Paulo, onde a empresa começará a operar no segundo semestre.
A companhia encerrou o ano com uma dívida líquida de R$ 2,7 bilhões. Esse montante é 45% menor que o registrado em 31 de dezembro de 2006. O saldo de caixa e aplicações financeiras ao fim do ano passado era de R$ 6,7 bilhões.