A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) vai apresentar nas próximas duas semanas a Plataforma Criptográfica Portátil (PCP) ? equipamento semelhante a um pen drive, que serve para o armazenamento e a criptografia de dados ? à Petrobras, como solução para proteção de dados passíveis de espionagem industrial. O sistema de criptografia serve para codificar qualquer dado, de modo a não torná-los ?interpretáveis?.
O equipamento, desenvolvido pela Abin, começou a ser usado no fim de 2007 em organizações estratégicas do governo, de acordo com o diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para Segurança das Comunicações da Abin, Otávio Carlos Cunha da Silva.
?A Petrobras solicitou a apresentação do dispositivo antes do furto dos computadores, só que não fizemos a apresentação até agora por questões de agenda?, disse Cunha, na audiência pública da CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara dos Deputados.
O diretor disse que ?se a Petrobras tivesse não só essa providência [o PCP], mas criptografado qualquer coisa, os dados não seriam importantes para o ladrão. Com certeza eles não teriam acesso às informações?.
Carlos Cunha ressaltou que o acesso às informações é possível, entretanto a pessoa não saberia interpretá-las por estarem criptografadas. Neste caso, de acordo com o diretor, se o ladrão tivesse interesse em interpretar os dados, levaria décadas, e até mesmo séculos, caso não tivesse toda a infra-estrutura necessária.
?A quebra de processos criptográficos leva 30, 40 anos computacionais, que são quando você coloca, no mínimo, um volume de computadores muito grande para trabalhar em cima de um processo?, explicou Cunha.
Com informações da Agência Brasil.
