Social business é a capacidade de uma empresa de produzir conhecimento de forma colaborativa, gerir conhecimento, compartilhar informações, eliminar barreiras, acelerar processos, inovar e aproximar clientes, fornecedores e parceiros. Contudo, as iniciativas sociais não se baseiam apenas em soluções tecnológicas eficientes, mas requerem também ações que engajem trabalhadores e facilitem as transformações na cultura organizacional. Realizar estas ações de forma eficiente é o maior desafio para as organizações que estão adotando esse perfil de gestão.
Empresas que têm alto nível de colaboração são mais ágeis nas respostas aos problemas internos e externos e, como consequência, dão respostas mais rápidas ao mercado. Mesmo assim, o nível de colaboração na maioria das empresas brasileiras ainda é baixo. Os funcionários trabalham isolados em departamentos e raramente interagem com as demais áreas da organização. Os projetos de social business vêm justamente para quebrar a barreira na colaboração, facilitar o acesso a informações e promover uma maior interação entre colaboradores da empresa.
A implantação de uma iniciativa social deve estar atrelada a um objetivo da empresa ou a um propósito, o qual irá originar um plano de implantação, que será analisado por meio de métricas pré-determinadas e monitorado, de preferência, por um gestor de comunidade. Durante o processo de implantação, é importante revisar as políticas internas da empresa e, se for o caso, adaptar para uma versão que suporte a iniciativa de social business. Essa fase é estratégica para fomentar o engajamento por parte dos usuários e pode seguir cinco etapas: preparação, lançamento, expansão, monitoramento e aprimoramento.
Para que uma iniciativa de social business cumpra seu papel, deve haver envolvimento de setores chave, como RH, Marketing, TI e Comunicação, mas também é necessária a atuação de um colaborador em cargo de gestão, um influenciador. O ideal é a indicação de um gestor do projeto de social business, que será responsável pela adoção de camadas sociais nos aplicativos corporativos e que será a pessoa responsável pela administração da rede interna, devendo deixar claro aos demais colaboradores qual é o propósito da rede na organização.
Para os gestores, as iniciativas sociais podem favorecer o monitoramento de ações específicas e também o acompanhamento da organização como um todo. Já para as equipes, o social business possibilita a formação de grupos de trabalho e equipes de projetos mais facilmente, pois os expertises e interesses de outros colaboradores são facilmente identificados.
O processo de implantação de uma iniciativa de social business é cíclico e, conforme observamos, não se resume a simplesmente disponibilizar uma ferramenta e fazer o evento de lançamento. Metas e objetivos precisam ser traçados e monitorados para acompanhar a evolução da rede. Apenas na prática, isto é, com a solução já operando, é possível analisar a solução, identificar os pontos de sucesso e os que estão fracassando e atuar de forma pontual em cada um deles.
O isolamento dos funcionários nas estruturas atuais prejudica o relacionamento profissional e interpessoal, o que pode resultar no subaproveitamento do potencial dos colaboradores e, consequentemente, da empresa como um todo. Assim, os projetos voltados ao social business, como as redes sociais corporativas, têm alto potencial de possibilitar a colaboração e servir como um canal de interação horizontal e instantâneo para os colaboradores de uma organização, independente do cargo que ocupam e do setor em que estão posicionados. Acredito que negócios com o conceito de social business terão uma vantagem competitiva matadora. Serão mais velozes, inteligentes e fortes.
Radamés Martini é diretor executivo da SocialBase, empresa de base tecnológica totalmente focada no desenvolvimento de uma rede social corporativa