A oferta de internet em banda larga para empresas é bastante desigual entre os estados brasileiros e os preços cobrados pelo serviço chegam a variar, dependendo da velocidade, em até 650%, de acordo com estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) nesta segunda-feira, 28.
O relatório revela que apenas 13 dos 27 estados da federação têm banda larga com velocidade de 100 Mbps disponível, que é considerada adequada para grandes empresas. A oferta reduzida de serviço com esta velocidade foi atribuída pela Firjan à escassa estrutura de fibra ótica, que está disponível somente em algumas regiões do país.
A pesquisa aponta ainda que o valor médio do serviço de banda larga de 100 Mbps no país, que equivale a aproximadamente US$ 320, é mais caro do que no Japão (US$ 311), Estados Unidos (US$ 310), Cingapura (US$ 231), China (US$ 189) e Portugal (US$ 67).
Já a tecnologia de banda larga DSL (tecnologia de transmissão digital de dados via rede de telefonia) para empresas, o preço médio no Brasil é de R$ 70,85 para o pacote com velocidade de download de 1 Mbps – o mínimo necessário para atender às micro e pequenas empresas. Os preços, entretanto, são bastante díspares dependendo da região e podem variar em até 650%. O preço mínimo é de R$ 57,40 nos estados de Alagoas e Espírito Santo e o máximo de R$ 429,90, no Amapá.
No que se refere ao serviço com velocidade de 10 Mbps, o custo parte de R$ 84,90, no Rio Grande do Norte, e alcança R$ 192,40, no Acre, uma diferença de 125%, o que, de acordo com a Firjan, reflete questões competitivas de mercado e de infraestrutura de acesso.
Os elevados impostos que incidem sobre os serviços de banda larga e a escassez de infraestrutura de telecomunicações foram os principais fatores que encarecem os preços dos serviços de banda larga no Brasil, aponta a Firjan.
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