Setor de TI mostra preocupação com crise e pede "estabilidade que possibilite um mínimo de governabilidade"

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A Abes, Assespro, Brasscom e Fenainfo, entidades que representam as empresas de Tecnologia da Informação (TI), divulgaram, nesta segunda-feira, 28, um manifesto em defesa ao "respeito incondicional ao Estado Democrático de Direito" e do "compromisso com a ética e confiança no Brasil". Para as associações, as dificuldades econômicas têm cobrado alto preço da população brasileira e a situação fiscal inibe investimentos.

As entidades, que se rotulam como neutras e apartidárias, sustentam que o acirramento da crise política tem acarretado crescente agitação e angústia no seio da sociedade e indesejável letargia – ou mesmo paralisia – em diversas esferas dos três poderes da República. "Instamos as lideranças políticas nacionais que busquem, incessantemente, soluções que permitam a superação dos impasses, sempre circunscritas à ordem constitucional e seus desdobres no âmbito do direito", afirmam.

As empresas de TI também defendem a perseverança na investigação e persecução penal de todos os que incorreram em condutas delituosas causando danos ao Estado, nos limites legais pertinentes. "Urge, porém, fazê-lo com celeridade, para que alcancemos um patamar de estabilidade que possibilite um mínimo de governabilidade", completam.

Veja a íntegra do manifesto:

 

RESPEITO AO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E COMPROMISSO COM A ÉTICA
PILARES PARA SUPERAÇÃO DA CRISE POLÍTICA E ECONÔMICA
O setor de TI e TIC, representado pelas entidades que firmam este manifesto,externam preocupação com a grave crise política e econômica que se abate sobre o País e declaram respeito incondicional ao Estado Democrático de Direito, compromisso com a ética e confiança no Brasil.

As dificuldades econômicas, evidenciadas pela queda do produto interno bruto e persistente alta da inflação, têm cobrado alto preço da população brasileira em termos de desemprego e impacto na renda do trabalhador. A situação fiscal solapa a confiança dos agentes econômicos, inibindo investimentos. Precisamos, urgentemente, trabalhar em prol do aumento da eficiência do Estado brasileiro de modo que o nível e a qualidade dos serviços ao cidadão sejam mantidos, quiçá melhorados, ainda que em face a dotações orçamentárias apertadas. Os produtos e serviços de tecnologia da informação e comunicação são poderosos instrumentos viabilizadores de produtividade e excelência operacional, sendo potencializados pela transformação digital e tecnologias correlatas.

O acirramento da crise política tem acarretado crescente agitação e angústia no seio da sociedade e indesejável letargia – ou mesmo paralisia – em diversas esferas dos três poderes da República. Instamos as lideranças políticas nacionais que busquem, incessantemente, soluções que permitam a superação dos impasses, sempre circunscritas à ordem constitucional e seus desdobres no âmbito do direito. Se faz, também, mister perseverar na investigação e persecução penal de todos os que incorreram em condutas delituosas causando danos ao Estado, nos limites legais pertinentes. Urge, porém, fazê-lo com celeridade, para que alcancemos um patamar de estabilidade que possibilite um mínimo de governabilidade.

A rigorosa observância das leis e a ciosa conduta ética devem ser balizadoras no trato dos interesses público e privado. É a partir do exercício são, efetivo e dinâmico desta confluência que logramos construir uma grande nação, com perene protagonismo mundial e justiça social.

Esta manifestação conjunta é consistente com o perfil neutro e apartidário das entidades representadas e com sua atuação em prol do setor de TI e TIC e do melhor interesse do País.

Somos todos pelo Brasil!

 

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