O FBI (Departamento Federal de Investigação dos EUA) anunciou os resultados de sua última investigação de atividades criminais na deep web. Desencadeada pela Operação SaboTor, liderada pela Joint Criminal Opioid and Darknet Enforcement (J-CODE, em tradução livre, Junta de Execução Criminal de Opioides e Darknet), a ação apreendeu US$ 4,5 milhões em criptomoeda usadas em atividades criminosas, como tráfico de drogas e comércio de armas.
A Operação SaboTor é um esforço internacional que mira na descoberta e prisão de membros de organizações de tráfico de drogas que operam na dark web. Esta é a segunda ação coordenada pelo J-CODE.
Como resultado das investigações, autoridades dos EUA e de outros países fizeram 61 prisões e fecharam 50 contas na dark web associadas a atividades criminosas online.
Foram executados 65 mandados de busca que resultaram na apreensão de 300 quilos de drogas, 51 armas de fogo e mais de US$ 7 milhões. Desses, US$ 4,5 milhões foram em criptomoeda, US$ 2,48 milhões em dinheiro vivo e US$ 40 mil em ouro. O FBI não revelou quais tipos de criptomoedas foram confiscadas.
A Operação Sabotor aconteceu de 11 de janeiro a 12 de março e foi composta por uma série de operações conjuntas independentes, mas complementares, com o objetivo de atacar globalmente a "epidemia de opiáceos".
Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), opiáceos são substâncias analgésicas, que podem causar dependência, derivadas do ópio. Opiáceos podem ser naturais, como a morfina e a codeína, ou semi-sintéticos, como a heroína, que é obtida por meio de uma pequena alteração química da morfina. Já os opioides são substâncias opiáceas sintéticas, como o meperidina, o propoxifeno e a metadona.