Phishing e perfis falsos de Whatsapp são tendências de fraudes para 2022

0

Para a grande maioria das pessoas, o início de um novo ano representa novas oportunidades de recomeçar, e as expectativas são as melhores possíveis. Mas este não é o caso quando se trata dos desafios dos "golpes financeiros".  Os anos passam e os fraudadores se empenham em desenvolver métodos cada vez mais elaborados de fraudes. 

A evolução no processo de Transformação Digital, impulsionada principalmente pela pandemia de COVID-19, tornou as pessoas e as empresas ainda mais vulneráveis aos ciberataques, o que contribui para o aumento das fraudes financeiras. E, infelizmente, as coisas tendem a seguir assim em 2022. 

De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), em 2021 houve aumento de 60% nas fraudes financeiras, sobretudo contra idosos, que fazem parte do grupo de pessoas com menos conhecimento tecnológico, ou até mesmo nunca tiveram acesso à tecnologia.

Na maioria das vezes os cibercriminosos aplicam golpes por meio da tecnologia de ponta. Mas, sem muito esforço, eles também podem se beneficiar apenas por meio da ingenuidade e desatenção das vítimas. Uma coisa é certa, tecnologia e ingenuidade proporcionam muito mais oportunidades aos fraudadores.

Para 2022, a previsão é que as fraudes se intensifiquem, como já vem acontecendo. De acordo com um levantamento da Feedzai, uma das tendências no Brasil é o Phishing, um golpe comum, simples, perigoso e eficiente. Os fraudadores se apresentam como uma instituição confiável através de e-mail, telefonema, SMS, aplicativos de mensagens e redes sociais para roubar as vítimas.
 

E por falar em aplicativos – a popularização deles, seja de bancos ou redes sociais, facilitou e muito as estratégias de golpes. Através do hábito das mensagens de textos é possível incluir links que podem acionar malwares, Account Takeover , mas também a fraude oportunista, como a do Whatsapp falso. Neste caso, em vez de clonar o aplicativo, os golpistas recorrem à criação de um perfil falso da vítima, onde as informações e fotos são idênticas, com exceção do número de telefone usado.

Para serem mais verossímeis, os fraudadores criam inclusive contas PIX com caracteres ou semântica que lembram o nome e sobrenome dos alvos e, ainda, enviam boletos bancários com codificação que possibilita a instalação de malware no celular da rede da pessoa fraudada.  

Mas não é só o Whatsapp que oferece riscos. A proteção em duas etapas da rede de mensagens tem dificultado o acesso dos criminosos que, com isso, começaram a pensar em outras formas de golpear amigos e familiares dos alvos. Recentemente, os crackers vêm migrando de rede social e passaram a invadir também contas do Instagram para aplicar golpes em nome do dono daquele perfil.
 

Para finalizar, é importante destacar aqui outras práticas que também devem crescer em 2022 no país: sequestro de dados (Ransomware), vazamento de dados, paralisação de transações comerciais (Negação de serviço/DDos) e roubo de dados de cartão de crédito. As brechas para os criminosos agirem são muitas, então é preciso se preparar e estudar mecanismos de prevenção mais fortes para que os ataques sejam identificados bem no início, e assim, evitar maiores danos. Você e sua empresa estão preparados? 

Leandro Garcia, diretor executivo da Feedzai no Brasil. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.