As transformações tecnológicas chegam a passos rápidos, com mudanças que requerem adaptações da sociedade em várias frentes. Com certeza, o assunto da vez é a Inteligência Artificial – um grande enigma para alguns e a maior virada da história na visão de outros. Embora as inovações sejam sempre muito empolgantes, vale a pena dar um passo atrás para uma reflexão: como chegamos até aqui e quais são os horizontes de um mundo cada vez mais digital?
Pode até parecer estranho conceber uma realidade 100% offline, mas era assim até a década de 90, quando o cientista, físico e professor britânico Tim Berners-Lee desenvolveu um navegador, a World Wide Web (www), a Rede Mundial de Computadores, que passamos a chamar de internet. A possibilidade de conexões globais instantâneas mudou a maneira de como muita coisa acontecia até então.
Entre as muitas novidades trazidas pela internet, estava o conceito de anonimidade digital, afinal, atrás da tela de um computador uma pessoa pode mentir ou omitir a sua identidade. E é claro que muitos problemas surgiram a partir disso, trazendo à tona a necessidade de que novos mecanismos e novas regulações fossem criados para se garantir a confiança no ambiente digital. Podemos nomear esse momento histórico como a "Era da internet e da conectividade".
Depois de muitas transformações, a internet passou a fazer ainda mais parte das nossas vidas, em todos os lugares, na palma da mão por meio de um smartphone. Deixou de existir a expressão "entrar na internet", em que muitos acessavam uma conexão discada em um PC, com direito àqueles barulhos estridentes característicos – e agora nostálgicos.
Nessa mesma época, o armazenamento de dados assumiu um outro patamar. Saem de cena os disquetes e pen drives, e entra uma nova figura: a nuvem. O acontecimento permitiu a escala virtualmente infinita das APIs (Application Programming Interface, ou, em português, Interface de Programação de Aplicação) por trás dos aplicativos e serviços. Estamos falando da "Era do mobile e da nuvem", uma mudança de paradigma importante para muitas empresas.
É também nesse ponto em que se popularizam as selfies, com alta na exposição de informações pessoais na internet, e, mais do que isso, a instauração do hábito de registrar as suas vidas nas redes sociais. Nesse período, a digitalização dos serviços financeiros ganhou tração no Brasil, sobretudo com o nascimento de instituições bancárias nativas digitais. Entre os desafios para esses players não tradicionais, uma dúvida ecoava: como ganhar a confiança daquele usuário que só acredita no banco que possui agência física?
O mercado respondeu a esse questionamento ao investir em segurança e experiência do usuário, tornando a movimentação financeira via apps em algo corriqueiro. Toda essa jornada nos trouxe para a "Era dos dados e da Inteligência Artificial", a que vivemos atualmente.
A internet, em sua origem nos anos 90, levou sete anos para bater os 100 milhões de usuários. O Facebook, em comparação, levou quatro anos e meio. Para o Instagram, foram dois anos e meio. Já o Chat GPT levou apenas dois meses.
Esse é o cenário contemporâneo, com ciclos gradativamente mais acelerados.
A IA Generativa chegou nas mãos de muitas pessoas, inclusive daquelas que não estão bem intencionadas. É cada vez mais difícil diferenciar o que é verdadeiro e o que é falso na internet. A confiabilidade foi a percepção que precisou ser alcançada nas duas etapas anteriores antes de avançar e desta vez não é diferente. Para se diferenciar, sobreviver e passar para a nova era precisamos de confiança. Sem ela, não há evolução das relações, dos negócios e da sociedade.
Hoje, as pessoas compram, vendem, se conhecem, se deslocam, alugam uma casa e tem a sua fonte de renda nos aplicativos. Estamos às portas da próxima era e a gestão da identidade digital é o passaporte para seguirmos. O volume de dados não para de crescer, por isso uma gestão centralizada é fundamental.
Nesse sentido, temos muito trabalho pela frente. A empresa Liminal apurou em estudo que apenas 30% das empresas têm uma estratégia de identidade definida. De acordo com outra pesquisa, organizada pela SailPoint, quase metade (45%) das organizações ainda têm identidade e experiências fragmentadas.
Na área da identidade digital, muitas companhias combinam múltiplas soluções para cada etapa da jornada do usuário, o que impacta a administração de dados e a experiência do usuário, além de burocratizar processos sem necessidade. Para reduzir custos operacionais e inteligência, o setor precisa entregar praticidade e automatização.
Pensando nisso, a idwall, empresa de tecnologia especialista em gestão de identidade digital e soluções antifraudes, inovou com o lançamento de um marketplace, algo inédito no país. Esse espaço entrega um ecossistema de segurança, onde é possível conectar qualquer solução de mercado para gestão de riscos, incluindo base interna de dados das empresas, e já conta com parcerias de players importantes do mercado.
Em um cenário cada vez mais complexo, com IA, deepfakes e fraudes elaboradas despontando na próxima esquina, é primordial que os negócios se antecipem às tendências. Não existe uma solução simples. A combinação de camadas de segurança é o que deve nortear as verificações de identidade. Mas, por que não oferecer alta qualidade em tecnologia de forma descomplicada? Para nós, esse é o futuro.
Danilo Barsotti, CTO da idwall.