Laptops indianos para escolas públicas são reprovados pelo MEC

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Mais uma vez a licitação para a compra de 150 mil computadores educacionais do projeto Um Computador por Aluno (UCA) será adiada. Os laptops da Encore, modelo Mobilis, oferecidos pela Comsat, empresa vitoriosa do pregão realizado em dezembro do ano passado, foram recusados no teste de aderência pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Ministério da Educação, responsável pela licitação, segundo fonte extra-oficial ouvida pela reportagem de TI INSIDE Online, que pediu para não ser identificada.
A tendência é de que o órgão publique ainda nesta semana a data na qual será divulgado o resultado dos testes, o que deve acontecer na semana que vem.
A Comsat havia vencido o pregão com uma oferta de R$ 82,5 milhões, ou seja, R$ 553 por unidade, mas, como os laptops não estavam de acordo com as especificações do programa, a empresa foi desclassificada.
Pelas regras da licitação, a proposta que obteve a segunda colocação se torna automaticamente a vencedora do contrato, que, no caso, foi a CCE/Digibrás, com a oferta do laptop modelo CM 52C pelo valor de R$ 666,6 por unidade, ou um total de R$ 100 milhões.
Com a desclassificação dos equipamentos da Encore, a compra dos 150 mil laptops que serão distribuídos às 300 escolas públicas do país só deverá ser concretizada, na melhor das hipóteses, no fim deste semestre. O mais provável, no entanto, é que ela seja adiada para a segunda metade do ano. Isso porque a eliminação deverá ser oficializada somente na semana que vem. Depois disso é que será feito o contato com a CCE/Digibrás e a retomada das negociações com a empresa.
Contando que ela mantenha o preço oferecido na época da licitação, a entrega dos laptops para início dos testes de aderência será feita apenas na segunda semana de maio. Os testes tendem a demorar de duas a quatro semanas.
Com isso, as entregas dos 150 mil laptops para os alunos das 300 escolas públicas, que começarão 60 dias após a assinatura do contrato, só devem ser iniciadas, na melhor das hipóteses, na primeira quinzena de setembro.
Do contrário, se a Digibras não mantiver o valor ou desistir do negócio, o processo recomeça com a Positivo Informática, que ficou em terceiro lugar no pregão, com uma oferta final de R$ 100,24 milhões o que significa um valor de R$ 668 (a oferta inicial era R$ 149,55 milhões, R$ por laptop, e depois foi negociada para um valor menor). Daí, os equipamentos só devem chegar às escolas no fim do ano letivo.

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