O Twitter divulgou nesta terça-feira, 28, os resultados financeiros do primeiro trimestre, os quais decepcionaram Wall Street. A forte expansão nas receitas com publicidade online e licenciamento de dados não foi suficiente para a rede de microblogs reverter ou até diminuir o prejuízo de US$ 132,3 milhões apurado no mesmo período do ano passado. Pelo contrário, a companhia apurou uma perda 22% maior, que totalizou US$ 162,4 milhões.
As ações da companhia despencaram na Nasdaq logo após a divulgação do balanço. Os papéis, que abriram o pregão em ligeira queda de 0,8%, valendo US$ 52,11, desabaram e atingiram pico de US$ 40,40 às 16h50 (horário de Brasília), recuo de 21,8%. As ações da empresa fecharam o pregão cotadas a US$ 42,28, declínio de 18,1%.
Apesar do prejuízo, a receita do Twitter cresceu 74%, saltando de US$ 250,5 milhões, no mesmo período de 2014, para US$ 436 milhões nos primeiros três meses deste ano, no entanto, a cifra ficou aquém da estimativa de US$ 457 milhões feita por analistas de Wall Street.
Na quebra da receita por segmentos, a publicidade online somou US$ 388 milhões, alta de 72% em relação aos US$ 226 milhões registrados em igual trimestre de 2014, sendo que mobilidade respondeu por cerca de 89% do total. Já a receita com licenciamento de dados aumentou 95%, para US$ 48 milhões.
Ainda segundo o informe de resultados, os usuários mensais ativos do Twitter atingiram 302 milhões no primeiro trimestre, 18% a mais que no mesmo período de 2014, sendo que os usuários móveis representaram 80% do total.
A companhia também divulgou que projeta alcançar receita entre US$ 470 milhões e US$ 485 milhões no segundo trimestre, projeção abaixo das estimativas de analistas, que aguardavam receita de US$ 538 no período, e entre US$ 2,17 bilhões e US$ 2,27 bilhões em todo ano de 2015.
Aquisição
A rede de microblogs também anunciou que assinou um acordo definitivo para adquirir a TellApart, provedora de tecnologia de marketing personalizado para anunciantes que publicam propagandas em redes varejistas e sites de e-commerce. A transação, que deve ser concluída no dia 1º de junho, não teve seu valor divulgado.
Segundo o Twitter, a aquisição reflete seu investimento contínuo em recursos de propaganda de resposta direta, lhe possibilitando oferecer ferramentas adicionais de "data driven", conceito relacionado ao direcionamento por dados, com a coleta, medição e ação de publicidade com base nas informações.
"Ao unir o Twitter e a TellApart, nós vamos ser capazes de ajudar os anunciantes a atingir usuários onde quer que estejam, seja no desktop ou no dispositivo móvel", disse Kevin Weil, vice-presidente sênior de produtos do Twitter.