O SAS, fornecedor de software de gestão corporativa, estima que o segmento de gerenciamento dos processos de negócio (BPM, na sigla em inglês) movimentará neste ano US$ 40 milhões somente em consultoria, software e serviços de implementação, podendo ter um crescimento de 25% ao ano no país. Segundo o especialista em pré-venda da empresa, Michael Wootton, os setores que mais devem investir em BPM são a indústria (40%), finanças (15%) e varejo (10%).
Para ele, a evolução desse mercado é fruto do amadurecimento das metodologias de gerenciamento dos processos de negócio das companhias brasileiras, e é resultado da utilização cada vez maior dos métodos da governança corporativa. ?As empresas nacionais estão começando a alinhar seus planejamentos estratégicos e financeiros à implementação de soluções tecnológicas, envolvendo análise avançada de informações?, afirma Wootton. O executivo explica que isso é uma tendência mundial. ?Em países europeus e nos Estados Unidos, por exemplo, esse processo já está avançado, até por exigências das legislações locais?, completa.
Apesar de importante, a solução ainda é pouco conhecida na sua totalidade. Segundo Wootton, existe uma idéia comum de que o BPM se resume ao balanced scorecard (BSC). ?O BSC, no entanto, é uma das metodologias e permite o mapeamento e a avaliação dos resultados mensurados por outras técnicas. O BPM é um guarda-chuva e integra múltiplos métodos de negócio que engloba a própria gestão de performance que pode ser feita através do BSC, business intelligence (BI), planning/budgeting, consolidação e o chamado activity-based costing (ABC). Este último custeia todas as atividades corporativas e permite à empresa delinear estratégias a partir do custo real de suas ações?, explica.
Segundo Wootton, o desconhecimento resulta na subutilização da solução. Ele conta que normalmente as metodologias do BPM são implementadas de forma isolada, enquanto o ideal seria o desenvolvimento de um projeto que integrasse todas essas técnicas. ?O alinhamento das informações das diversas áreas é que resulta em elementos concretos para a tomada da decisão. A partir do momento que uma empresa consegue, por exemplo, unir dados que mostram o custo das suas atividades às informações sobre o orçamento disponível ele consegue montar um plano focado e lucrativo?, diz. O resultado disso é o aumento de receitas e significativas reduções de custos.
De acordo com Wootton, esses projetos não precisam ser implementados de uma vez. O importante é ter uma plataforma única que proporcione um bom fluxo de dados. ?Essa característica é que imprime agilidade na geração, execução e carregamento das informações entre os sistemas?, enfatiza. Outro diferencial fundamental, apontado por ele, é o uso da estatística aplicada ao negócio. ?Esse fator é responsável pela capacidade da solução de antecipar tendências de forma precisa e de analisar os dados coletados, proporcionando a melhor decisão.?
Para se ter uma idéia do que isso representa, Wootton cita um estudo da IDC o qual mostra que o retorno em termos percentuais do investimento de uma aplicação analítica pode chegar a ser uma vez e meia maior do que o propiciado por outras soluções.