Investimento do Brasil é insuficiente para estimular a inovação, diz Confap

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Os investimentos em ciência e tecnologia no Brasil ainda são insuficientes para estimular mais amplamente a inovação. Atualmente, eles correspondem a apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, mesmo contando com os incentivos como a chamada Lei do Bem, Lei da Inovação, dos financiamentos BNDES e com o aumento do orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O percentual é bem inferior quando comparado ao dos países desenvolvidos, como Japão, Estados Unidos, Alemanha e Coréia do Sul, que destinam, em média, de 2,5% a 3% do PIB para a ciência e tecnologia, segundo dados apresentados pelo presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Mário Neto Borges, durante 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia (4ªCNCTI), realizada esta semana em Brasília.
Borges diz que o desenvolvimento esbarra na falta de tecnologia e de inovação necessária. Entre os entraves neste processo, ele cita a burocracia, o arcabouço legal e o pouco diálogo dos órgãos de controle fiscal com os demais atores envolvidos.
De acordo com Murilo Guimarães, membro diretoria de inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), o desafio é buscar novos mecanismos para incentivar a inovação nas empresas, além das modalidades já oferecidas pela agência, como a subvenção econômica.
Para o diretor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Júlio Gomes Almeida, o sistema de financiamento em tecnologia no Brasil é um dos principais entraves. Ele avalia que o Brasil não tem mercado de capitais e crédito de longo prazo nos bancos, para apoiar as empresas, como acontece nos países desenvolvidos. "Para ter sucesso dessa forma é preciso reduzir a taxa básica de juros (Selic) abaixo de 8%", destacou.

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