A CMVM (órgão que regula o mercado de valores mobiliários de Portugal) decidiu nesta segunda, 28, que os direitos de voto relativos a participação de 8% na PT que a Telefónica alienou a terceiros devem continuar sendo imputados à Telefónica. A decisão é um balde de água fria na tentativa dos espanhóis de driblar o provável impedimento em votar na assembleia que decidirá sobre a proposta de compra da Vivo.
Desta forma ainda está nas mãos do presidente da mesa da assembleia geral, Antonio Menezes Cordeiro, decidir se a Telefónica poderá ou não votar na assembleia. A expectativa é que Menezes Cordeiro não permita que os espanhóis votem sobre a proposta de compra da Vivo. A assembleia geral está agendada para a próxima quarta-feira, 30.
A CMVM chegou a conclusão também que os contratos têm mecanismos que permitem à empresa recuperar essas ações que foram vendidas. Esse ponto é importante porque na proposta de 6,5 bilhões de euros da Telefónica pela participação da PT na Vivo, o grupo espanhol se compromete a se defazer da sua participação na PT.
Histórico
Menezes Cordeiro recentemente rejeitou uma proposta da Telefónica de acrescentar um novo item à pauta da reunião do dia 30: dividendo extra de 1 euro por ação sobre parte dos rendimentos com a venda da Brasilcel (holding que controla a Vivo), caso a venda da Vivo for aprovada. O presidente da mesa disse que essa proposta recai sobre matéria qe necessitaria de um relatório de gestão e uma prestação de contas que não foram feitos.
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