Vacina pode deter parcialmente avanço do ramsoware Petya, dizem especialistas

0

Pesquisadores da área de cibersegurança dizem ter descoberto uma "vacina" capaz de impedir grandes ciberataques de ransomware como ocorrido nesta terça-feira, 27, que atingiu dezenas de organizações espalhadas pelo mundo, inclusive no Brasil.

Essa "vacina", na forma de um único arquivo leitura batizado perfc, que se instala na pasta "C:\Windows" dos computadores,  teria a capacidade de impedir que as máquinas fiquem infectadas por vírus de ransomware como o GoldenEye, uma variante do Petya usado nesse ataque, ou o WannaCry, usado num outro ciberataque há duas semanas. Contudo, os especialistas ainda não conseguiram descobrir um "kill switch", ou seja, uma forma de impedir que os vírus se alastrem a outros computadores vulneráveis em ataques desta natureza — normalmente executados através do envio do vírus por correio eletrônico, um e-mail de "origem desconhecida" com um anexo que os usuários abrem por erro ou desconhecimento.

Os ataques são executados utilizando-se uma carteira comum de bitcoins

A Forcepoint Security Labs constatou  que o ransomware pode se disseminar lateralmente dentro de uma empresa através de uma vulnerabilidade no protocolo SMBv1.

"Analisamos uma amostra associada ao surto (SHA256: 027cc450ef5f8c5f653329641ec1fed91f694e0d229928963b30f6b0d7d3a745).  A amostra em si é um arquivo DLL, lançado com o parâmetro de código rígido '#1'.

Após a execução, ele tenta espalhar-se através de um exploit SMBv1 antes de reiniciar a máquina, apresentando uma tela falsa 'CHKDSK' e mostrando a mensagem de resgate. A reinicialização e as mensagens subsequentes são típicas do comportamento de Petya anteriormente observado. Parece haver um atraso significativo entre a execução do malware e o início do processo de criptografia. Dado que o malware reinicia a máquina, é quase certo que permita uma quantidade razoável de tempo para se propagar em redes", explica a empresa.

Outros especialistas da área confirmam que o arquivo perfc é uma solução possível, mas dizem que tem eficácia limitada, porque só protege os computadores em que o arquivo esteja alojado. Até agora, os especialistas ainda não conseguiram perceber como podem travar completamente este tipo de ataques com ransomware.

Para a vasta maioria dos usuários ter a última versão do Windows instalada é suficiente para prevenir que o ataque se concretize caso o vírus infete os seus computadores pessoais.

Os especialistas dizem que o alastramento deste novo tipo de ransomware parece dar-se de forma muito mais lenta do que o WannaCry, o vírus usado no ciberataque de há duas semanas, com uma análise preliminar do código a demonstrar que o ataque de ontem não passou por alastrar o vírus a outras redes que não aquelas que foram definidas como alvos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.