A qualidade da conexão à Internet entregue em diferentes regiões e estados brasileiros, assim como oferta, demanda e custo da conectividade no País são tema do livro "Banda Larga no Brasil: um estudo sobre a evolução do acesso e da qualidade das conexões à Internet", lançado nesta quinta-feira, 28, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e do Centro de Estudos e Pesquisas em Tecnologia de Redes e Operações (Ceptro.br), ambos do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).
O estudo revelou uma redução nas disparidades observadas entre as regiões, especialmente com o crescimento dos números aferidos no Norte e Nordeste, que tiveram o pior desempenho em 2013. Entre 2014 e 2016, as diferenças entre as regiões caíram – no Nordeste, por exemplo, a diferença, que era de -44%, em 2014, passou para -3%, em 2016. O estudo também aponta estabilidade nos resultados observados na região Sudeste.
Sobre a latência (o tempo de trânsito das informações em uma conexão), verificou-se uma diminuição. Ao longo de toda a série histórica analisada, Norte e Nordeste apresentaram resultados altos para esse indicador e pior desempenho da qualidade da conexão em relação ao tempo gasto para transmissões de informação. Em 2013, esse índice no Norte era quase cinco vezes maior que o do Sudeste – e, ao final do período analisado, 3,6 vezes maior.
Os estados que tiveram as melhores avaliações, de acordo com a análise dos resultados de velocidade e latência entre 2013 e 2016, foram São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná. O estudo chama atenção para as diferenças entre eles: São Paulo, em 2016, apresentou resultados de velocidade quase cinco vezes maior e de latência quase duas vezes menor do que o Pará, o que representa conexões com maior velocidade e mais estabilidade. No ano de 2016, com exceção de Pará, Bahia e Goiás, todos os estados apresentaram melhor desempenho de velocidade TCP download na comparação com o conjunto total de 2013.
O estudo observou ainda que, entre 2013 e 2016, houve um crescimento das conexões móveis nos domicílios de classes C e, especialmente, DE.