A Celestica, fabricante canadense de equipamentos eletrônicos e de informática em regime de terceirização, anunciou que fechará suas operações no Brasil. Segundo o diretor geral da empresa no país, Alex Bruzão, o encerramento das atividades locais foi uma decisão da direção global da companhia e faz parte de um processo de reestruturação, que foi impulsionado pela desaceleração econômica mundial.
"Todas as operações de montagem e outras atividades tendem a ser encerradas em uma semana", afirmou Bruzão. A estimativa é que até o fim de agosto a empresa, que tem sede em Hortolândia, no interior de São Paulo, feche de vez as portas no país. A companhia tinha como principais clientes a EMC, HTC, Palm e Philips.
Bruzão afirma que as empresas foram avisadas antecipadamente sobre a decisão da companhia, para terem tempo de encontrar outro fornecedor de serviços de montagem, e que os contratos já foram devidamente rescindidos.
Como parte do processo de fechamento, a Celestica realizará leilão de seu patrimônio no país e todo o processo de venda será realizado pela Superbid, empresa especializada na venda de máquinas e equipamentos.
O pregão será on-line e tem encerramento previsto para 6 de agosto. No total são mais de 140 lotes entre linhas de montagem SMT(Surface Mount Technology), tecnologia utilizada para a montagem de componentes eletrônicos em placas de circuito impressos e seus periféricos, estruturas de armazenagem e equipamentos industriais, componentes eletrônicos, equipamentos de informática e móveis de escritório.
Segundo Marcos Eduardo Ribeiro, gerente de vendas e compras da Celestica no Brasil, os ativos da empresa estão avaliados em cerca de US$ 3 milhões no total. Entre os lotes que serão vendidos, estão a montadora de componentes GSM universal, com lance a partir de R$ 160 mil; uma máquina de inspeção automática Agilent SJ50, a partir de R$ 190 mil; e uma máquina Pick and Place Siemens, modelo X3, por R$ 400 mil.
- Fim das operações