Nesta quarta-feira, 28, foi confirmado por todas as partes envolvidas os acordos de compra dos 50% de participação da Portugal Telecom na Vivo pela Telefônica por 7,5 bilhões de euros e da aquisição de 22,4% do capital da Oi pela operadora portuguesa em um negócio que chegará no máximo em R$ 8,4 bilhões.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Telefónica informou que assinou contrato com a Portugal Telecom para adquirir os 50% das ações da Brasilcel, controladora da Vivo, detidos pela operadora portuguesa. Pelo negócio a multinacional espanhola pagará 7,5 bilhões de euros, sendo que 4,5 bilhões de euros serão pagos ao fim da operação de aquisição, um bilhão de euros será quitado em 31 de dezembro deste ano e os 2 bilhões de euros restantes serão pagos em 31 de outubro de 2011.
"Embora a Portugal Telecom possa solicitar que este último pagamento se realize em 29 de julho de 2011, e neste caso o preço da compra, e o último pagamento do valor, será reduzido em aproximadamente 25 milhões de euros", diz a Telefónica no comunicado. A expectativa é que o negócio seja concluído em um prazo de até 60 dias, e ainda depende da aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Por fim, o acordo prevê que a Telefónica analisará a possível aquisição da Portugal Telecom das ações da companhia brasileira de contact center Dedic.
Oi
Já o negócio entre Portugal Telecom e Oi envolve um investimento máximo de R$ 8,44 bilhões na compra de 22,38% do capital da tele brasileira pela operadora portuguesa. O acordo engloba ainda a aquisição, pela PT, da participação minoritária na Oi da AG Telecom Participações e da La Fonte Tel. A aliança entre as empresas também resultará na aquisição de 10% do capital social da PT pela Telemar Participações, controladora da Oi.
Segundo a Oi, o cordo prevê capitalização da empresa em até R$ 12 bilhões, contando a oferta pública de ações a ser realizada, e ampliará sua atuação internacional da empresa."Essa operação permitirá à Oi ampliar sua capacidade de investimento e de expansão nacional e internacional, mantendo o controle da empresa em mãos brasileiras", afirmou Pedro Jereissati, presidente da Telemar Participações e acionista do grupo Jereissati.
"Trata-se de uma aliança industrial que dará à Oi a capacidade de desenvolver um projeto de telecomunicações de projeção global", complementou o presidente da holding Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo. Em nenhum dos documentos publicados está detalhada qual será a atuação da Oi na operação portuguesa. A única referência é o assento no conselho garantido pela compra das ações.
As duas empresas irão desenvolver estratégias de cooperação para ampliar sua presença internacional, com foco específico na América Latina e na África; alcançar benefícios de escala; e potencializar iniciativas de pesquisa e desenvolvimento.
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