A Olympus confirmou nesta sexta-feira, 28, o recebimento de um aporte de 49 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 631,6 milhões) com o repasse de novas ações à Sony. A injeção de capital vai reforçar o caixa da Olympus, que enfrenta dificuldades depois de vir à tona a fraude contábil de US$ 1,7 bilhão, envolvendo o ex-presidente Michael Woodford. Com o capital, a Sony se torna efetivamente a maior acionista da fabricante, com 11,5% de participação e com direito a voto.
As duas empresas também planejam criar uma joint venture até o fim do ano para desenvolvimento de equipamentos na área média e colaboração no segmento de câmeras digitais. As ações da Olympus foram precificadas a 1,454 mil ienes (US$ 18,74), um desconto de 4,3% em relação à cotação dos papéis da empresa no último fechamento na Bolsa de Valores de Tóquio.
A Sony foi escolhida pela Olympus após meses de negociação com outras empresas, como a Terumo e a Fujifilm. O plano estratégico começou a ser montado depois que a saúde financeira da empresa se deteriorou devido a perdas com investimentos malsucedidos, no fim da década de 1990.