Depois do Oi Paggo, surge uma nova solução de cartão de crédito no celular, dessa vez criada por uma pequena desenvolvedora de Santa Catarina, a Wiaxis. Em vez de SMS, a nova solução usa um aplicativo em Java, que deve ser instalado nos celulares dos lojistas para substituir o POS (point of sale) e nos telefones móveis dos consumidores, para substituir os cartões de plástico.
O foco da Wiaxis são os pequenos operadores, que hoje gastam muito dinheiro com o aluguel de POS. "Há centenas de pequenas operadoras de cartão de débito e de crédito em atuação no Brasil, com menos de 10 mil estabelecimentos credenciados cada uma. Essas empresas são reféns das redes de captura existentes que cobram de R$ 30 a R$ 80 por mês pelo aluguel de cada POS", explica o CEO da Wiaxis, Leonardo Rochadel. No modelo de negócios da Wiaxis é cobrada uma taxa mensal de licenciamento do software de R$ 10 por POS. Essa taxa, contudo, cai de acordo com a quantidade de estabelecimentos credenciados. Além disso, a Wiaxis cobrará um percentual sobre o valor das transações realizadas, que deve variar de 1% a 0,25%, diminuindo conforme aumenta a movimentação mensal.
Há também o custo do tráfego de dados, que é pago pelos estabelecimentos comerciais e pelos consumidores às operadoras celulares. Mas é um custo relativamente baixo: cada transação pela solução da Wiaxis deve custar em média R$ 0,03. "É mais barato do que soluções de mobile payment via SMS", afirma Rochadel. Outra vantagem é que a solução em Java é mais rápida que a de SMS em transações em que consumidor e lojista tenham telefones de operadoras celulares diferentes.
A maioria das pequenas operadoras de cartão de crédito em atuação no Brasil é do tipo "private label". Em geral, são cartões de crédito com a marca de alguma rede varejista, que os oferece a seus clientes.
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