Faleceu no início da noite desta sexta-feira, 28, o executivo Carlos Eduardo Corrêa da Fonseca, conhecido no mercado de tecnologia como Karman. Ele tinha 68 anos e morreu vítima de câncer no pâncreas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado desde a semana passada. Ele vinha lutando contra a doença desde maio deste ano. O corpo do executivo será velado no velório do próprio hospital, a partir das 7h deste sábado, 29, onde ficará até às 15h. O enterro será às 16h, no Cemitério da Consolação.
Karman foi um expoente da indústria de TI no Brasil e testemunhou as principais evoluções tecnológicas das últimas quatro décadas, atuando como um agente ativo em várias delas, principalmente em bancos. Ele iniciou a carreira na área de TI em 1966 – na época chamada de informática – como diretor de sistemas do Banco Itaú. Em 1979, assumiu o cargo de diretor superintendente da fábrica de computadores Itautec, quando a empresa foi criada. Formado em Engenharia Eletrônica pela Escola Politécnica da USP e em Ciências Contábeis pela Universidade Mackenzie, Karman teve participação ativa junto à Capre, que foi a primeira agência do governo criada em meados da década para gerenciar a Política de Informática, mais conhecida à época como Reserva de Mercado, e depois junto à Secretaria Especial de Informática (SEI).
O executivo aposentou-se na Itautec em 1998, mas no ano seguinte aceitou convite para assumir a diretoria de TI do Banco Real/ABN Amro. Em 2009, deixou o cargo no banco, além da diretoria de tecnologia da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). Antes, de 2001 a 2008, Karman ocupou a presidência do Centro Nacional de Automação Bancária (Cnab), onde participou de projetos como padronização de boletos de cobrança e dos primeiros caixas eletrônicos. Fez parte ainda dos grupos de desenvolvimento da padronização de certificação digital, de m-payment e da implantação do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e do Debito Direto Autorizado (DDA), que substituiu os boletos bancários por documentos eletrônicos. De 2003 a 2008, também comandou o Ciab Febraban (Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras), e participou dos conselhos da Prodam, Prodesp e CIP. Atualmente, era sócio na BRToken, FindIT, HDI e Original, empresas brasileiras iniciantes de tecnologia.